O bode, meu bode
Ontem bateu uma vontade enorme de escrever uma coisa pro Florzinha, um textículo sobre uma determinada foto, o qual batizei de Aquela foto (sim, sou péssima com títulos). Depois que terminei de escrever, fui reler o que escrevi (sou compulsiva, sempre faço isso) e pensei nos tempos da fotografia analógica, nos tempos em que a foto ficava exclusivamente no papel.
Algumas atitudes vinham carregadas de simbolismo, bastava rasgar, amassar ou jogar uma foto fora, queimar seus negativos e era como se não existisse mais nada (ou como se nada daquilo tivesse existido um dia). Aí você pode alegar que hoje é mais simples, é só apertar o delete e a foto morre, mas não é tão simples assim. Talvez aquela foto que ainda não consigo tirar do meu monitor, do meu computador, fosse apagada da minha vida com um simples delete (mentira. acredito que ela ia ser mandada pra lixeira e depois eu ia restaurar ou ia deletar do pc, mas deixava na nuvem). Mas, voltando ao assunto, entendeu a coisa do simbólico? O simbolismo de pegar a foto do (a) ex e destruir ou jogar fora, sentindo a coisa ser feita através das suas próprias mãos? Isso não dá mais pra fazer. Pelo menos pra mim essa ação teria mais força do que simplesmente deletar.
Então, pode continuar sendo uma equação muito simples para alguns: é só imprimir a porra da foto. Não, baby, não vale a pena gastar tinta com quem deixou uma péssima impressão! Não segurei o trocadalho.
Ainda sobre fotografia, mas vendo o outro lado da ponta, hoje não teria o mesmo impacto o trocadilho
E as cartas de amor (ridículas, Pessoa)? As cartas escritas a próprio punho, foram trocadas por scraps orkutianos, twittadas, e-cards, e-mails e e-sei-lá-o-quê-mais.
No aniversário ninguém mais telefona, basta encher a página do Orkut da criatura com imagens desejando os parabéns.
Já disse que queria recursos digitais pra minha vida, como o CTRL+Z, por exemplo e principalmente, embora agora eu precise mesmo é de um CTRL+N.
Sério: não sei o que escrever. Este post ficou um pouco confuso, Acho que queimei meu filme de vez. Me senti a Maria do Bairro fazendo tanto drama.
Sabe? Bastava que eu reeditasse isso aqui e você entenderia que minha inspiração foi pro saco: Da falta de inspiração
Ouvindo: Deftones - Change
Oie Nana, flor.
ResponderExcluirPoxa vida, vc deve estar passando por alguma decepção muito forte, está registrando-a em tudo que é meio de comunicação em massa.
Mas espero que o "Bode" passe, rs entendeu? Ah! Trocadalho do carilho....
Então, falando um pouco mais sério e abusando menos da "intimidade".
Não importa qual mídia esteja, analógica ou digital a memória sempre virá carregada de uma dose de sentimento, amanha o orkut pode perder a graça (para os outros pra mim perdeu faz tempo), e então a moda será outra, mas o que se quer fazer será o mesmo, o modo é que muda.
Mas nós do ocidente sempre sofreremos com o conceito do "passado de ouro", ah eu não lembro o antropólogo que invento essa teoria, mas ela é muito boa...rs
Saudosismos (ou não) àparte, fica a memória e se re-inventa o modo de se interpretá-la.
:) agora a despedida clássica:
fui ui ui ui ui !
adorei seu blog "florzinha roxa"... nao sei se vc desativou ou se eu sou muito perdido e nao achei a parte de comentarios, mas entao falo por aki q gostei dos seus blogs :)
ResponderExcluire obrigado pela visita/comentario :)
www.regurgitado.blogspot.com
Caaara... eu entendo exatamente oq vc quer dizer com isso...
ResponderExcluirEu por exemplo...tenho um amor não correspondido...até postei no meu blog...guardo dela...dois sms no celular... q é coisa até besta... mas pra mim tem um significado imenso...deletar aquilo seria como deletar uma parte dela na minha lembrança...por isso tenho apenas aquelas 2 mensagens no meu cel...a mesma coisa com fotos...e etc...rs
Bjao...soh não entendi pq vc tem 2 blogs diferentes...rs...
a postagem q eu falei :
http://catalepsiaprodutiva.blogspot.com/2009/06/diario-amor-platonico.html
ahuahuahuahuhauhauaha
ResponderExcluirMaria do Bairro foi ótima. =)
Essa tecnologia acabou cmg...=(
menina, brigadinha pela visita no meu blog e pelo comentário!!!
bjokaa
michele
ah, que isso! se eu tivesse metade da sua inspiração ia ficar feliz da vida! rs.
ResponderExcluirto de volta.
beijos querida ;*
Pô, essa coisa de virtual até que me poupa daquelas ligações constrangedoras de parentes que só falam com a gente uma vez por ano, e quando ligam não sabem nem o que dizer. Ah, eu voto no scrap! =p
ResponderExcluirE quer saber? Imprime a foto e rasga logo, imprime logo umas cinco! E quando vc estiver convencida de que rasgou de verdade, então deleta. Mas quer saber? Du-vi-do. Mó papo de quem ainda ama ;)
Achei lindin o post no florzinha...
Bjúúú!!
Nana:
ResponderExcluirEntendo o que você quis dizer sobre a ligação do simbólico com o emocional. É como se rasgando a foto de fato você se sentisse um pouco mais liberta do sentimento (seja ele qual for), porque a atitude foi menos virtual. Mas a situação é um pouco mais complicada do que parece: esse fato é tão somente simbólico que se de fato existisse a foto de papel e você a rasgasse (e chorasse ou sofresse talvez, por tê-la rasgado - como se rasgasse o sentimento) seria meramente um efeito placebo. O sentimento continua dentro de você e a memória da foto (dessa vez memória agregada à de que você a rasgou) também. Podem voltar vez ou outra e isso vai fazer você se sentir um pouco desestabilizada emocionalmente.
Vamos lá: Fotos são registos de momentos vividos. Se foram bons, então que exista a lembrança boa deles e não a mágoa. Afinal, essa é a sua vida e ela é única, bem como absolutamente TUDO o que você vive. Se foram momentos ruins, então com certeza você aprendeu muito com isso: a não mais errar do mesmo jeito, nas mesmas circunstâncias.
Talvez a foto doa não porque seja registro de saudade, mas porque seja registro de aprendizados que passaram. E você vai aprender mais ainda daqui pra frente, em outras oportunidades mas tem que se dar essa chance como por exemplo: não rasgar a sua foto, mesmo que virtualmente. Ela é uma partezinha do seu livro de memórias.
Um beijo
www.lizziepohlmann.com
hehehe
ResponderExcluirSabe que me deu mó vontade de deletar meus comentários no post da falta de inspiração? sério, vergonha dimim. Mas aí eu pensei: cara, não tem jeito, gente estranha vai ser sempre gente estranha. Tô aprendendo a me aceitar =x
Ahhhh!!! Mas eu emocionei qnd vc disse que deu uma printada no meu coment! =D
Ai que feliz isso!! \o//
"Já disse que queria recursos digitais pra minha vida". Ah, como eu queria também! Acho que talvez seja a única coisa que não vamos presenciar na era digital. Se humanizar, embora agora no mundo das tecnologias, faz parte da gente, não é mesmo?!
ResponderExcluirObrigada pelo elogio sobre o meu texto. =)
Confesso que passei por aqui para responder exclusivamente, mas isso me fez pensar no quanto eu adorava (adoro) passar horas da vida lendo blogs. haha... O seu é realmente interessante. Vou lembrar de passar mais por aqui!
Beijos!
Não se vive o passado, e nem se vive o futuro. O passado nos serve apenas para ganhar experiência, aprender com os acertos e muito mais com os erros. O futuro nunca chega. Somente o presente existe e é nele que você planeja o que fará nos próximos minutos e se o que você for fazer trará bons frutos, de acordo com o que você viveu no passado.
ResponderExcluirRasgar fotos ou deletá-las do micro não mudarão o que já foi. Para amenizar a dor, é viver o presente e tentar acertar.
Abraços!