Os livros na estante (parte II)


No início deste ano (ou no finzinho do ano passado) me comprometi a ler 12 livros em 2010, ficando assim com a média de um livro por mês. Era uma dessas "promessas de ano novo". Pa-pé-pi-porém, estamos indo para o mês 10 e até agora o somatório de livros lidos é de apenas 5, sendo que estou lendo dois no momento (Uma história de Deus e Joaquim Nabuco - Essencial) o que elevará esse número para 7. De qualquer forma, estou atrasada em no mínimo 2 livros. Na fila de espera, tenho Cruzadas e Na estrada (este sairá do ról dos clássicos nunca lidos), que se conseguir ler até o fim de outubro, me colocarão em dia com minhas pretensões.
Nesse meio tempo, lendo as intensas cartas de Caio Fernando Abreu (aquele da dupla Caio e Cecília - sempre citados, nunca lidos) acabei relendo Morangos Mofados por impulso. Interessante ver a diferença na releitura quando tive uma outra perspectiva do autor.
A biografia de Lady Day está na lista dos que estou doida para comprar, principalmente por ter visto por 17 contos outro dia, junto com No calor da hora. Os dois completariam a mandala e me fariam realizar o projeto.
Ter lembrado disso, e refletido sobre, talvez pareça apenas vontade de cumprir uma promessa feita a mim mesma. E talvez seja, que mal há nisso? O importante é que a leitura seja feita pelo prazer de ler e não por uma obrigação de mim para eu merma. Por isso, se o BRock do Dapieve aparecer por aqui, será muito bem recebido e festejado.
Fazendo um balanço:

Lidos de janeiro até agora:


Lendo:



Sugestões?



Ouvindo:
Silvia Machete - Só quero saber de você

2 Vozes do além:

Aqui você fala sobre o que bem entender, mas eu vou achar mais legal se você falar sobre o assunto do post. E se você vier só pra fazer propaganda, mando um monstro puxar seu pé de madrugada!

Dizem que ela existe pra ajudar (Parte 1)

Na semana passada o noticiário policial foi o assunto prediminante nesse meu cantinho pitorescamente provinciano de Brasil. Em mais uma ação desastrosa da PM, dois policiais atiraram na cabeça e no peito de um um suspeito. A questão seria que o tal suspeito, aparentemente, só foi colocado no papel de suspeito por ser negro. Recontando: ao ver um um rapaz, negro, vinte e poucos anos, algemando mulher branca, loira, trinta e poucos anos, dois policiais não tiveram dúvidas de quem era o bandido na cena e bang! O rapaz era um policial com pouco tempo de corporação e a mulher uma assaltante. Não dá para ter certeza sobre tudo o que aconteceu ali, há muita coisa mal contada mas outras ficam latentes. O jeito meio Sivuca de ser não permite que os policiais atirem na perna, no braço ou em alguma outra parte onde a morte imediata do indivíduo não seja a única alternativa.
O indiscutível é que a polícia consegue perder até a credibilidade que já não tem mais. Mas, creio eu, corrupção e despreparo não brotam da farda, embora pareçam estar tão intríssicamente ligados. Os policiais são apenas a ponta do iceberg nisso tudo. Nas páginas da Rolling Stone desse mês, encontrei um pensamento em alguns pontos parecido com o meu, o cineasta José Padilha defendeu que o problema maior está na comando e não nos PMs nas ruas. Daí, a culpa é nossa. Nós elegemos quem escolhe o comando da polícia, nós não cobramos mudanças de conduta, nós toleramos exageros e corrupção... No fundo, acho que preferimos que seja assim, se a polícia se tornar honesta, como passaremos pelas blitzes (blitz tem plural?) com documentação irregular ou com algum problema no carro?
Tava ouvindo a música do Paralamas, "vamos consertar o mundo, vamos começar lavando os pratos".
É, lá vai a classe média, fleumática, numa manifestação pela paz.



Ouvindo: B.R.M.C. - Suddenly



2 Vozes do além:

Aqui você fala sobre o que bem entender, mas eu vou achar mais legal se você falar sobre o assunto do post. E se você vier só pra fazer propaganda, mando um monstro puxar seu pé de madrugada!