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5 boas músicas para o fim de uma quinta-feira de quinta

Aperte o play se quiser escutar um pouco do meu gosto musical um tanto peculiar.


Beatles - Blackbird


Os paralamas do sucesso - Lá em algum lugar


She and Him - I should have known better


The White Stripes - We're going to be friends


Bat for lashes - Bat's mouth




Pra tentar terminar esse dia bem leve.

13 discos que me fisgaram pelo título

Alguns discos, filmes, livros e músicas chamam minha atenção pelo título. Às vezes são tão bons quanto o nome que receberam (ou melhores), já noutras não correspondem às minhas expectativas e deixam o gosto quase amargo que só quem espera mais de algo sente. Numa madrugada insone e insana, resolvi preencher esse espaço que poderia ser usado para coisas bem mais úteis para citar aleatoriamente alguns dos títulos que acho bacanas nos discos nacionais e expor minha visão estrábica, e recheada de chichês, dos mesmos. Uma dessas listas previsíveis e que não contribuem com absolutamente nada, mas que eu me amarro. Oh, doce ócio! Vamos a ela:



Jesus não tem dentes no país dos banguelas - Titãs

Eu tinha três aninhos e a banda que lançou Cabeça Dinossauro (outro disco) horrorizava minha mãe (que nunca gostou dos Titãs). De qualquer forma, a frase Jesus não tem dentes no país dos banguelas resume o trabalho do pessoal que vende água do Rio Jordão nas madrugadas da TV: fabricar um deus à imagem e semelhança do seu público alvo.


O sorriso do gato de Alice - Gal Costa

Durante anos eu acreditei que o nome do disco era "O sorriso no rosto de Alice" e admirava a Alice: ela vive num sonho. Para alguns uma iludida, para outros uma sonhadora e outros, ainda, uma doida. O que os julgadores não veem é o sorriso no rosto de Alice. Vivendo loucamente, ela é feliz. Mas não passava de um gato debochado!


Cantada - Adriana Calcanhotto

Levando o nome de uma das suas 15 faixas, esse é o disco que eu daria de presente se tivesse muito afim de alguém que valesse muuuuuuito a pena.
Até porque, no meu conceito, alguém que vale a pena gosta de ouvir Adriana Calcanhotto (entre outras coisas fundamentais).


Estudando o pagode - Tom Zé

Diante de tantas discussões acadêmicas sobre a obra de Chico Buarque, surge Tom Zé sugerindo jogar luz sobre o lado mais popularesco do pagode. No mínimo inusitado.


Um show de noventa centímetros - Nelson Ned

A gravadora achou legal fazer uma brincadeira (que o politicamente correto de hoje acusaria de mau gosto) com a baixa estatura do cantor e ele levou na boa, já que seu mote era justamente esse.


Nós vamos invadir sua praia - Ultraje a Rigor

Quando eu era criança, a caminho da praia meu primo ia cantando, e nos fazendo cantar, o hit do Ultraje. Do resto da letra eu nem queria saber, só sabia que nós iamos "invadir" a praia (que era "particular", logo não havia ninguém lá além de nós mesmos), num ato "transgressor" da minha infância.


Eu Sou Feio... mas Sou Bonito! - Wander Wildner

Vinícius estava errado e beleza não é tão fundamental assim? Um título que mostra a importância do triângulo "amor, inteligência e riso". Ademais, eu acho o disco realmente bom (mas meu bom gosto musical é muito "só meu" às vezes).


Dos meus braços tu não sairás - Nelson Gonçalves

Mais uma lembrança da minha infância. Minha vó tinha uma estante cheia de discos (e livros) e eu adorava mexer neles (nos livros ela não deixava, só em alguns poucos). Entre os discos da minha vó, esse tinha o título que eu mais gostava. Me passava uma ideia bonita de carinho e afeto e me fazia acreditar que o sapo encantado existia.


Ouça o que eu digo, não ouça ninguém - Engenheiros do Hawaii

Redundantemente Gessinger (e isso é bom).


As próximas horas serão muito boas - Cachorro Grande

Esperança oferecida em bandeja de prata a quem tem vontade de gritar.


Barulhinho bom - Marisa Monte

Sabe quando você procura uma música totalmente despretensiosa? Então você está à procura de um barulinho bom.


Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor - Bidê ou Balde

Ou eu projeto demais, ou a primeira impressão é de que virá (viria) música boa.


Eu, você e o sofá - Odair José

Para provar que os gaúchos do Bidê ou Balde estão errados.


Poderia incluir também o Quatro, do Los Hermanos. Diante de tanta gente que batiza o quarto disco de As quatro estações, o deles é o número 4 e ponto final. Xegundo Xou da Xuxa entraria na lista de títulos bizarros.


P.s: Da Marisa Monte também tem o Memórias, crônicas e declarações de amor.
P.s2 (que não é o cosole da Sony): O disco O Sorriso do Gato de Alice, tem a música mais bonita na voz da Gal (na minha opinião), Nuvem Negra.

Ouvindo: Bad Religion - Infected

Se o amor é uma merda, ainda bem que existem as músicas de fossa


Todo mundo já teve seus dias de fossa. Nesses dias, andamos de mãos dadas com o brega e qualquer música de novela do Manoel Carlos faz a gente chorar. Se esse não é o seu caso, é o meu. Tem gente que procura logo algum jeito de sair da fossa. Eu não. Da mesma forma que se entra na fossa, se sai dela naturalmente. É algo que todo mundo tem que passar na vida, uma espécie de ritual. E para passar os meus dias de fossa, nada melhor que uma musiquinha, já que o ditado popular diz que quem canta seus males espanta. Curto minha fossinha com músicas apropriadas para entrar no clima e que no fundo acabam ajudando a sair dela também.
Então, aí está a lista que não é esperada por ninguém mas mesmo assim eu quis postar: minhas atuais 10 músicas preferidas para momentos de fossa (não necessariamente nessa ordem). Aperte o play se desejar cair na fossa comigo (não que eu acredite que alguém vá ouvir as dez).

Cat Power - She's got you


Amy Winehouse - Love is a losing game

Bat Fort Lashes - What's a girl to do

Gal Costa - Nuvem negra

Cássia Eller - Por enquanto

The Smiths - Please, please, please let me get what I want

Fernanda Takai - Você já me esqueceu

Los Hermanos - Sentimental

Mademoiselle K - Jalouse

Ximena Sariñana - Mediocre


Eu e o fone, o fone e eu

Se tem uma coisa que eu gosto muito nesse mundinho digitalizado é a portabilidade. Não a portabilidade numérica tão divulgada pelas operadoras de telefonia celular, mas o fato de que certas coisas podem ser levadas para todo lugar. Acho maravilhoso o poder de levar coisas queridas comigo para onde quer que eu vá (viva à nuvem!). Claro que aí entram algumas limitações financeiras ou não, nem todo mundo desfruta disso da mesma forma (e alguns muitos não usam da forma mais legal).
A música, por exemplo. Pode ser num MP3, MP4 (vulgo iPobre, mas honesto) ou no celular. A música se tornou portátil e multidimensionável. Vai contigo pra tudo que é canto e cabe em qualquer lugar. Confesso que não desfruto tanto quanto gostaria dessa "portabilidade musical". Isso porque se eu colocar um fone de ouvido, vou sair por aí balançando a cabeça, sacodindo os ombros, batendo o pé no chão, batendo os dedos em qualquer coisa e cantando mudo (caso você não saiba, cantar mudo é a elaborada técnica que consiste em movimentar os lábios como se estivesse cantando normalmente, mas sem emitir nenhum som). Eventualmente também faço air guittar, air drumbs, air-qualquer-instrumento (aliás, cantarolar mudo pode ser rebatizado como air vocal no futuro, para facilitar o entendimento). Resumindo: se eu sair pela rua ouvindo música, as pessoas vão ter certeza de que sou mais doida do que elas já sabiam (ou suspeitavam). E quem já tem seus 25 anos e precisa manter um emprego decente tem que ter um mínimo de preocupação com a imagem que passa. Por isso resolvi que quando estou em locais públicos, só ponho os fones em determinadas situações.
Coloco os fones quando quero ouvir o Kinks, ou qualquer outra banda de "roquezinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém", sem ter alguém perguntando porquê gosto de música velha. Ou quando quero ouvir minha boa e velha bossa nova em paz. Ou quando sinto uma necessidade quase que   fisiológica de ouvir os cantores e bandas que só eu gosto/conheço numa boa, sem ninguém enchendo o saco.
Coloco os fones quando entro na fila do banco, do mercado ou qualquer outra fila, para evitar os catadores de assunto, para não ouvir as outras pessoas só falando de desgraça e da vida dos outros, o que em alguns casos continua sendo desgraça (o Pedro Luís estava certo: "tão vendendo ingresso pra ver nêgo morrer no osso").
Coloco os fones quando berra algum pregador anunciado a "salvação" (francamente: como eu poderia acreditar que um Jesus vai me livrar do inferno, se ele sequer se dá o trabalho de me livrar das bobagens ditas e praticadas pelo seu fã-clube?).
Coloco os fones sempre que percebo um chato se aproximando.
Coloco os fones para ler no ponto de ônibus (aliás, muita gente que pega ônibus ignora a existência de fones de ouvido).
Há muito tempo, numa aula de Filosofia sobre alienação, uma amiga disse que eu era uma "alienada da música", porque eu faço tudo com música, ouço música quase o dia inteiro, praticamente respiro música. Ela tinha razão, ponho os fones toda vez que quero me alienar, me afastar, do mundo ao meu redor.

P.s.:  Essa postagem foi agendada, se der certo o Blogger postará na quinta (21/05). 
P.p.s.: Ai, que saudade do meu computador!!!

Ouvindo: Tony Platão - Seguindo estrelas

I know, it's only rock n' roll but i like it!

"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim
que perguntar carece: Como não fui eu que fiz?"

Depois de tanto tempo sem postar nada, resolvi começar este pequeno post com essa música do Milton (se não me engano a composição é uma parceria com o Tunai). Não sou nem nunca fui (talvez um dia me torne) fã do mineirinho da boina, mas esses versos inciais de Certas canções me caem como luva. Acho que todo mundo se sente assim com suas canções preferidas ou já teve, pelo menos uma vez, essa mesma sensação de "cara, parece até que fui eu quem escreveu essa música!".
Os caras da foto abaixo compuseram, cantaram ou tocaram muitas das músicas que parecem, para mim, que são minhas. A foto também vale como homenagem ao mês do rock, já que cometi o sacrilégio de não postar dia 13 de julho, dia mundial do rock.

Na foto, em sentido horário: 1) Freddie Mercury 2) Stevie Ray Vaughan 3) Sid Vicius 4) John Lennon 5) Johnny Cash 6) Jim Morrison 7) Elvis 8) Hendrix 9) Bob Marley 10) Kurt Cobain 11) Bon Scott 12) Johnny Cash 13) Layne Staley


Nota 1: Dercy morreu
Nota 2: Amy continua viva


Não deixe o samba morrer

Homenagem póstuma ao Jamelão.

Ele não gostava de homenagens em vida mesmo...

E se fosse vivo não entraria aqui também.

Mas o Jamelão é a voz do samba.

Quem mais responderá tão sem fazer média aos repórteres?

Quem gritará "Mangueeira"?

Se foi...

O que será que a Amy Winehouse tem na cabeça?

Que vozeirão tem essa mulher!!! Mas o que ela tem na cabeça (no duplo sentido, porque o penteado também é algo bastante peculiar)?!
Considerando as "cantoras" que estão fazendo sucesso atualmente, ela é uma das poucas que tem talento de verdade. E talento de sobra! Me enebria ouvir aquela voz, que só as divas do blues como Billie Holiday tinham. Alguém pode achar indevida essa comparação de Billie com Amy (eu mesma, odeio comparações), mas a Lady Day também teve uma vida bastante conturbada e talento in-con-tes-tá-vel. Não cabe aqui relacionar as duas, tampouco essa é minha intenção. Afinal, eu queria escrever sobre Amy Winehouse, e é isso que tentarei fazer. Quem quiser que leia sobre Billie e tire suas próprias conclusões, sua autobiografia é ótima, o que é super recomendado!

Amy está toda semana nos noticiários. O que é uma grande pena, porque ela não está lá, exatamente, pelo talento, mas por confusão em cima de confusão. Colecionadora de escândalos, temo pela carreira da cantora. E temo mesmo, porque ela me encanta e pelos rumos que toma, não me espantaria um fim precoce. Se você ainda não ouviu, deveria. Sua vida pessoal é pra lá de turbulenta, drogas, brigas, drogas, namorado também problemático, etc.
Na sexta passada ela tinha uma apresentação no ridículo Rock in Rio (que não é mais no Rio, e sim em Lisboa), uma das atrações mais esperadas. E o público ficou esperando mesmo... ela chegou atrasada, se apresentou completamente bêbeda e os sérios portugueses não gostaram muito. Uma portuguesinha indignada disse "Dez horas, é dez horas e não dez e meia!" (o que a pequena não diria se fosse ao show do Tim Maia?). De outro lusitano: "O show foi um fiasco! Ela estava bêbada, dopada (vai saber se era com drogas ou não) e para piorar ela estava completamente rouca! Entre uma música e outra ela pedia desculpas, bebia uma taça de vinho, dava um trago no cigarro e chupava uma pastilha de menta. Mal conseguia se manter em pé e, como era previsto, levou um tombo com microfone e tudo! E só restou a ela chorar em frente a multidão e pedir novamente desculpas! Parabéns a banda que soube dar força a ela e soube improvisar!". O show no Rock in Lisboa Rio serviu meio que como um teste para ver o estado dela após sair de mais uma internação.
Sinceramente não tenho muita coisa contra drogas. Acho que a gente vive na era da informação, e ela, a informação, está à disposição de todo mundo. Cabe a cada um julgar se vale ou não a pena (sem duplo sentido) de usar ou não. Mas no caso dela, é um desperdício! O cigarro, o álcool e as outras drogas vão destruir o que ela tem de melhor: a voz! Conseqüentemente sua carreira acabará indo pro saco daqui há alguns anos, se ela não começar a se controlar. E eu, e milhares de outros fãs, se ainda estiver viva, não terei mais o doce prazer de me enebriar com sua voz.
Mas se ela parar de usar drogas, suas músicas serão sobre o quê? Injusto exigir isso.
Ela tem praticamente a mesma idade que eu, talvez aí esteja mais um motivo pra eu me identificar com a poverela, mas tem um talento do qual eu nunca chegarei nem perto. Se meus heróis morreram de overdose, vai ver os dela também e agora ela quer revivê-los - o que está fazendo muito bem.

Voltando à diva, também viciada em heroína, Billie Holiday, as drogas foram destruíndo sua voz aos poucos. Morreu em
julho de 1959, feita prisioneira numa clínica e vigiada por policiais.

Enfim, não sei o que esperar da Amy Winehouse. Só espero que sua carreira não seja tão breve.
Com vocês, minha música predileta da Amy, Love is a losing game:


Dear Steven Tyler


Quem me conhece sabe o quanto eu gosto desse cara! Mas essa aí foi forte! É cada uma que o pessoal inventa...

Coisas que o FUNK nos ensina...

Ainda sobre música, vou à lição que todos deveriam aprender! Retirada de um dos ritmos mais criticados: o funk carioca.

"Cada um no seu quadrado. Cada-um-no-seu-quadrado!!!"

A lição é: Toma conta só da tua vida!

Tá, tudo bem, o autor não deve ter pensado nesse sentido quando compôs, mas é assim que eu vejo. E agora falo pra todo mundo que vem se meter na minha vida: "cada um no seu quadrado...". É que me incomoda certas intromissões. Acho que quem toma conta da vida dos outros deve ser muito infeliz e insatizfeito com a sua própria vida. Acho que não vale a pena sentir raiva dessas pessoas, talvez sentir pena seja a única coisa que se possa fazer por gente assim.
Enfim, CADA UM NO SEU QUADRADO! E eu não suporto fofoqueiros!!!

Não esquece mesmo...

Da música Superafim do Cansei de Ser Sexy:

"Sapatênis de vinil, bolsinha baguete, luvinha de pelica: você não me esquece!"

Imagina só a criatura vestida com esse figurino! Realmente deve ser difícil de esquecer...

A música em si até que é legalzinha, mas é um chiclete, gruda na cabeça e quando você menos percebe já está cantando.