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13 discos que me fisgaram pelo título

Alguns discos, filmes, livros e músicas chamam minha atenção pelo título. Às vezes são tão bons quanto o nome que receberam (ou melhores), já noutras não correspondem às minhas expectativas e deixam o gosto quase amargo que só quem espera mais de algo sente. Numa madrugada insone e insana, resolvi preencher esse espaço que poderia ser usado para coisas bem mais úteis para citar aleatoriamente alguns dos títulos que acho bacanas nos discos nacionais e expor minha visão estrábica, e recheada de chichês, dos mesmos. Uma dessas listas previsíveis e que não contribuem com absolutamente nada, mas que eu me amarro. Oh, doce ócio! Vamos a ela:



Jesus não tem dentes no país dos banguelas - Titãs

Eu tinha três aninhos e a banda que lançou Cabeça Dinossauro (outro disco) horrorizava minha mãe (que nunca gostou dos Titãs). De qualquer forma, a frase Jesus não tem dentes no país dos banguelas resume o trabalho do pessoal que vende água do Rio Jordão nas madrugadas da TV: fabricar um deus à imagem e semelhança do seu público alvo.


O sorriso do gato de Alice - Gal Costa

Durante anos eu acreditei que o nome do disco era "O sorriso no rosto de Alice" e admirava a Alice: ela vive num sonho. Para alguns uma iludida, para outros uma sonhadora e outros, ainda, uma doida. O que os julgadores não veem é o sorriso no rosto de Alice. Vivendo loucamente, ela é feliz. Mas não passava de um gato debochado!


Cantada - Adriana Calcanhotto

Levando o nome de uma das suas 15 faixas, esse é o disco que eu daria de presente se tivesse muito afim de alguém que valesse muuuuuuito a pena.
Até porque, no meu conceito, alguém que vale a pena gosta de ouvir Adriana Calcanhotto (entre outras coisas fundamentais).


Estudando o pagode - Tom Zé

Diante de tantas discussões acadêmicas sobre a obra de Chico Buarque, surge Tom Zé sugerindo jogar luz sobre o lado mais popularesco do pagode. No mínimo inusitado.


Um show de noventa centímetros - Nelson Ned

A gravadora achou legal fazer uma brincadeira (que o politicamente correto de hoje acusaria de mau gosto) com a baixa estatura do cantor e ele levou na boa, já que seu mote era justamente esse.


Nós vamos invadir sua praia - Ultraje a Rigor

Quando eu era criança, a caminho da praia meu primo ia cantando, e nos fazendo cantar, o hit do Ultraje. Do resto da letra eu nem queria saber, só sabia que nós iamos "invadir" a praia (que era "particular", logo não havia ninguém lá além de nós mesmos), num ato "transgressor" da minha infância.


Eu Sou Feio... mas Sou Bonito! - Wander Wildner

Vinícius estava errado e beleza não é tão fundamental assim? Um título que mostra a importância do triângulo "amor, inteligência e riso". Ademais, eu acho o disco realmente bom (mas meu bom gosto musical é muito "só meu" às vezes).


Dos meus braços tu não sairás - Nelson Gonçalves

Mais uma lembrança da minha infância. Minha vó tinha uma estante cheia de discos (e livros) e eu adorava mexer neles (nos livros ela não deixava, só em alguns poucos). Entre os discos da minha vó, esse tinha o título que eu mais gostava. Me passava uma ideia bonita de carinho e afeto e me fazia acreditar que o sapo encantado existia.


Ouça o que eu digo, não ouça ninguém - Engenheiros do Hawaii

Redundantemente Gessinger (e isso é bom).


As próximas horas serão muito boas - Cachorro Grande

Esperança oferecida em bandeja de prata a quem tem vontade de gritar.


Barulhinho bom - Marisa Monte

Sabe quando você procura uma música totalmente despretensiosa? Então você está à procura de um barulinho bom.


Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor - Bidê ou Balde

Ou eu projeto demais, ou a primeira impressão é de que virá (viria) música boa.


Eu, você e o sofá - Odair José

Para provar que os gaúchos do Bidê ou Balde estão errados.


Poderia incluir também o Quatro, do Los Hermanos. Diante de tanta gente que batiza o quarto disco de As quatro estações, o deles é o número 4 e ponto final. Xegundo Xou da Xuxa entraria na lista de títulos bizarros.


P.s: Da Marisa Monte também tem o Memórias, crônicas e declarações de amor.
P.s2 (que não é o cosole da Sony): O disco O Sorriso do Gato de Alice, tem a música mais bonita na voz da Gal (na minha opinião), Nuvem Negra.

Ouvindo: Bad Religion - Infected

A quem interessar possa

Esse post vai pra quem de alguma forma se interessar. Mas com uma ressalva: vai para quem se interessar e não vestir a carapuça. Porque se de algum modo você vestir a carapuça e achar que foi especialmente postado pra você, quero mais que você se foda.

Eu poderia atualizar isso aqui como uma blogueira normal, mas tem acontecido tanta coisa desagradável, que se eu fosse escrever algo, sairia um dramalhão de causar vergonha alheia. Acho que você (querida pessoa desconhecida) não merece ler esse tipo de coisa (viu como eu sou legal?) e também eu não estou afim de expor tão gratuitamente toda a minha estupidez e capacidade pra atrair filhos da puta quem só me faz mal.

Mas para retirar a poeira e as teias de aranha que já estavam tomando conta deste blogue, republico um texto que já foi postado aqui num passado remoto, supostamente de autoria da Fernanda Young.


Aos medíocres

Atenção para um aviso importante: a mediocridade é opcional. Ao contrário das outras mazelas da vida, essa você só tem se quiser. Sendo que já não será um medíocre quem tentar não sê-lo. E tentar é fácil, tente.
Está provado: o ser humano é metade genes, metade meio-ambiente. Você não pode fazer nada se a genética não lhe favoreceu em algum aspecto, mas pode fazer tudo para melhorar a qualidade da sua relação com o resto do mundo. Tirando dele o que ele tem de melhor e vice-versa. Não estamos dizendo que vai ser fácil, mas por acaso é fácil dançar a dança da garrafa? Comece negando tudo que lhe parecer "medianamente médio".
Lembre-se que ser medíocre é mais confortável, por isso fuja do "ah, se tanta gente gosta, por que que eu não vou gostar?" Você não vai gostar porque você merece melhor. Já que ser medíocre é viver na zona franca da existência, feliz por ser mais um igual. Quando só a diferença faz diferença, por menos diferente que ela seja. Só rompendo com esse poder - sim, a mediocridade é um poder que controla nossa vida como um déspota cafona - só rompendo com esse poder, poderemos salvar a humanidade. A luta é diária e individual. Mas sempre valerá a pena, pois de mesmice morrem os mesmos.

E lá se vai 2009


Cativados pela campanha do Bradesco, no início do ano diversos populares escreveram em tudo que é lugar (alguns escreveram até naquele lugar, não duvide): Feliz 2000inove. Eu não segui o conselho, não inovei e 2009 foi um ano de buesta. Sigo para 2010 com a sabedoria popular, à espera de um ano cheio de flores após tanto adubo.
O ano passou muito rápido. Na verdade os últimos anos passaram muito rápido. Até comentei no blogue da Dani Kimura outro dia que depois que a gente passa dos vinte, os anos passam tão rápido que parece que estão correndo da gente. E eu já passei vinte, em fevereiro saio dos vinte e poucos e entro definitivamente nos vinte e muitos (eu e minha TPA).
Apesar dos pesares (e como tive pesares!), ri muito esse ano, reencontrei pessoas queridas que há muito não via ao vivo, fui à lugares incríveis, o por-do-sol pareceu mais pitoresco na estrada pra casa, o céus estava mais azul-bonito e até os dias de chuva caíram bem.
Num belo dia do ano, olhei para minhas unhas e percebi que aquele não era o esmalte perfeito, que talvez ele ficasse bem em outras unhas e que outro esmalte ficaria bem melhor nas minhas mãos. Fiz um dramalhão por isso. Mas, depois de um rio de lágrimas, usei algodão e um bom removedor (nem precisei imprimir nenhuma foto pra rasgar). Agora tenho preferido esmaltes menos intensos, com mais base. Por uma vida mais suave.
Resumindo (e sou péssima com resumos), meu 2009 sem carro e sem Internet foi bem mais bossa nova que rock n' roll. Isso não é ruim, embora eu prefira misturar os ritmos. Agora vou numa lotérica apostar na Mega Sena de fim de ano. Quem sabe eu não ganhe alguma coisa?
Então, boa sorte pra mim, bom 2010 pra você e dias ainda melhores para todos nós!
E esse foi mais um post sem nexo.


Ouvindo: Sylvie Vartan - La Plus Belle Pour Aller Danser

Porrada! Porrada! Porrada!


De acordo com o dicionário, porrada signica "pancadaria; pancada com cacete; porretada; grande quantidade". No uso popular, a palavra porrada geralmente é relacionada a nada mais nada menos que à relação bater/apanhar.
Há uns domingos, a Revista da TV, que vem encartada no jornal O Globo, estapou a capa acima, com destaque para a palavrinha inocente. Foi o bastante para que nas duas edições seguintes a seção de cartas dos leitores (ou seção de e-mails, se preferir) fosse tomada por protestos de leitores revoltados com a reportagem sobre o crescimento dos programas de esporte de contato na televisão e mais revoltados ainda com a a legenda na foto da capa.
Havia o grupo 1, os que eram contra que alguém desse tamanho destaque a uma matéria sobre esse tipo de esporte, que defendiam que UFC não passa de "agressão absurda" entre pessoas que nem merecem ser chamadas de pessoas. Particularmente, acho que o Premier Combate que mierda! eu fazendo propaganda gratuita! é um dos raros canais do sistema pay-per-view (ou paper view, como escrevem por aí) pelo qual eu pagaria (se eu fosse fã de tv). Isso também porque eu não pagaria um centavo por canais de futebol ou de realities onde siliconadas passam o dia na piscina e, sinceramente, me incomoda bem mais o espaço que se dá em todas as mídias às novelas, realities do tipo BBB e programaas de fofoca. Mas, como eu estou longe de ser um padrão, as pessoas normais não reclamam do espaço dedicado a certos tipos de programas que pra mim são detestáveis.
Havia também, e era a maioria, o grupo das pessoas que estavam indiguinadas com o uso da palavra "porrada". Nos comentários dos exaltados portavozes da moral e dos bons costumes algo me chamou atenção. Todos estes tomaram a capa como uma terrível afronta. Ora, mas é claro que uma revista de família não pode estampar "porrada" na capa porque senhores e senhoras da reguladora e moralista sociedade cristã acham feio, um palavrão dos mais baixos. E essas mesmas pessoas, tão moralmente esculpidas não viram "porrada" no sentido de pancadaria, como a capa da revista deixa bem claro e sem margem para segundas interpretações. Por causa dos meus dois leitores inocentes, puros, pudicos e angelicais, eu nem vou me dar o trabalho de explicar o sentido ejaculatório da expressão, mas foi por ter visto a coisa nesse sentido mais, vamos dizer, safado que choveu gente reclamando.
O irônico é que essas pessoas saíram metendo o pau, descendo a porrada (as duas expressões no sentido de pancadaria, crianças) no jornal, ofendendo os jornalistas e criticando quem gosta desse tipo de esporte. Tiveram uma atitude muito mais baixa do que muita putaria por aí.
E o pior de tudo isso é que a sociedade inteira está assim. Já reparou no quanto as pessoas estão cada vez mais intolerantes com quem não concorda com elas? Parece que as pessoas acham que só porque alguém gosta de azul, isso o obrigue a ser inimigo de quem gosta de vermelho e vice-versa, como se os dois não pudessem ocupar o mesmo espaço sem se agredir. Tem "gente" se agredindo verbal e fisicamente (inclusive dispostos a matar e a morrer por tão pouco) porque são diferentes em algum ponto, porque torcem para times diferentes, porque tem opções sexuais diferentes, porque são de religiões diferentes, gostam de diferentes estilos musicais, são ou simpatizam com partidos políticos diferentes, ou seja, apenas por causa de pontos de vista diferentes. E isso está começando cada vez mais cedo, veja que os casos de bullying só tem aumentado nas escolas.
E isso é muito doido, porque com o advento da Internet o número de pessoas com mais acesso à informação é maior, isso significa, ou pelo menos deveria significar, um número cada vez maior de pessoas esclarecidas. Mas parece que na outra ponta tem gente cada vez mais ignorante e intolerante (e que faz questão de querer continuar assim). E é essa gente que não quer sair da ignorancia, que só liga pro seu próprio umbigo, que só quer enxergar o seu lado, que se acha dono da verdade ou, na pior das hipóteses, que segue cegamente alguém que se acha o dono da verdade, que faz um mundo cada vez pior, com mais ódio, intolerância, râncor.
Só resta tentar melhorar, sem ligar pra piora dos outros. Melhorar a si próprio numa atitude que pode até ser vista como egocentrica, mas que na verdade é muito autruísta. Porque nossas atitudes, mesmo que a gente e os outros não percebam, mudam as coisas ao nosso redor.
Tá, parei aqui. Esse post tá muito doido.

Eu e o fone, o fone e eu

Se tem uma coisa que eu gosto muito nesse mundinho digitalizado é a portabilidade. Não a portabilidade numérica tão divulgada pelas operadoras de telefonia celular, mas o fato de que certas coisas podem ser levadas para todo lugar. Acho maravilhoso o poder de levar coisas queridas comigo para onde quer que eu vá (viva à nuvem!). Claro que aí entram algumas limitações financeiras ou não, nem todo mundo desfruta disso da mesma forma (e alguns muitos não usam da forma mais legal).
A música, por exemplo. Pode ser num MP3, MP4 (vulgo iPobre, mas honesto) ou no celular. A música se tornou portátil e multidimensionável. Vai contigo pra tudo que é canto e cabe em qualquer lugar. Confesso que não desfruto tanto quanto gostaria dessa "portabilidade musical". Isso porque se eu colocar um fone de ouvido, vou sair por aí balançando a cabeça, sacodindo os ombros, batendo o pé no chão, batendo os dedos em qualquer coisa e cantando mudo (caso você não saiba, cantar mudo é a elaborada técnica que consiste em movimentar os lábios como se estivesse cantando normalmente, mas sem emitir nenhum som). Eventualmente também faço air guittar, air drumbs, air-qualquer-instrumento (aliás, cantarolar mudo pode ser rebatizado como air vocal no futuro, para facilitar o entendimento). Resumindo: se eu sair pela rua ouvindo música, as pessoas vão ter certeza de que sou mais doida do que elas já sabiam (ou suspeitavam). E quem já tem seus 25 anos e precisa manter um emprego decente tem que ter um mínimo de preocupação com a imagem que passa. Por isso resolvi que quando estou em locais públicos, só ponho os fones em determinadas situações.
Coloco os fones quando quero ouvir o Kinks, ou qualquer outra banda de "roquezinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém", sem ter alguém perguntando porquê gosto de música velha. Ou quando quero ouvir minha boa e velha bossa nova em paz. Ou quando sinto uma necessidade quase que   fisiológica de ouvir os cantores e bandas que só eu gosto/conheço numa boa, sem ninguém enchendo o saco.
Coloco os fones quando entro na fila do banco, do mercado ou qualquer outra fila, para evitar os catadores de assunto, para não ouvir as outras pessoas só falando de desgraça e da vida dos outros, o que em alguns casos continua sendo desgraça (o Pedro Luís estava certo: "tão vendendo ingresso pra ver nêgo morrer no osso").
Coloco os fones quando berra algum pregador anunciado a "salvação" (francamente: como eu poderia acreditar que um Jesus vai me livrar do inferno, se ele sequer se dá o trabalho de me livrar das bobagens ditas e praticadas pelo seu fã-clube?).
Coloco os fones sempre que percebo um chato se aproximando.
Coloco os fones para ler no ponto de ônibus (aliás, muita gente que pega ônibus ignora a existência de fones de ouvido).
Há muito tempo, numa aula de Filosofia sobre alienação, uma amiga disse que eu era uma "alienada da música", porque eu faço tudo com música, ouço música quase o dia inteiro, praticamente respiro música. Ela tinha razão, ponho os fones toda vez que quero me alienar, me afastar, do mundo ao meu redor.

P.s.:  Essa postagem foi agendada, se der certo o Blogger postará na quinta (21/05). 
P.p.s.: Ai, que saudade do meu computador!!!

Ouvindo: Tony Platão - Seguindo estrelas

Tô pensando em ir morar em outro planeta...

Às vezes tenho a impressão de que todo mundo está se vendendo. Vender nada mais é que ceder certa coisa por um determinado preço. É isso o que vejo: ninguém, e as exceções são raríssimas mesmo, faz nada de graça. E não estou falando de dinheiro, estou me referindo a sempre querer receber algo em troca, sempre querer ser beneficiado de algum modo, sempre querer levar alguma vantagem. Parece que ninguém mais sorri por ser simpático, ajuda por gentileza, tem que ter algo em troca. Talvez essa barganha faça parte da natureza do ser humano. Mas acho que em determinadas situações as pessoas nem percebem que estão agindo assim, já está no automático. E auto lá! Não confunda com reciprocidade, porque estou falando de agir de determinada forma só para ter algum benefício (imediato ou não) e não de agir da forma x porque a(s) outra(s) pessoa(s) agiu(ram) da forma x com você. Suponho que isso seja saudável até um certo ponto, mas essa história de querer levar vantagem em tudo é muito egocentrismo pro meu gosto! Estamos involuindo dentro da evolução...
Quer dizer, na verdade as pessoas estão fazendo algo de graça: odiando (diga-se de passagem, sem motivo justificável só de babaquice). Se auto-iludem (com hífen mesmo, sr. Acordo). Banalizaram o amor... Reparou que banalizaram o ódio também? Pra todo lado tem um "eu odeio". Ódio é um sentimento muito forte, muito intenso, não é para se aplicar a qualquer coisa sem motivo ou razão. Tem coisas que você não odeia. Até acha que odeia, mas apenas não gosta. Mas o ódio também já caiu na banalidade... talvez nem importe. Ou talvez importe muito! Porque, veja bem, se o amor e o ódio foram banalizados, significa que os sentimentos estão banalizados.
Então, eu ia dizer aqui que ainda vale a pena ser legal de graça, mas acho, sinceramente, que na sociedade em que vivemos, muitos achariam demagógico e desimportante.
Merda. Game over!




Ouvindo:
Malajube - Hérésie

Deus lhe pague!

O Kid Abelha tem uma música chamada Deus (apareça na televisão). Numa das minhas madrugadas insones, passei por alguns canais religiosos. Todos pediam doações em algum momento.
Um deles pedia para que os fiéis-telespectadores-sócios-da-obra enviassem seu ouro (sem conotação, estavam falando de ouro mesmo), usando argumentação barata para tentar convencer os, às vezes ingênuos, telespectadores a doar jóias de família. Um outro oferecia tantas formas de pagamento doação que mais parecia uma intimação: depósito bancário, boleto, débito automático, cartão de crédito, cartão de débito e acréscimo na conta de luz ou telefone (o cara escolhe uma determinada quantia, esse valor vem acrescido na conta e a companhia repassa o valor para o banco a igreja.
Foi aí que o refrão da música do Kid Abelha passou a ter outro significado pra mim: deus, por favor, apareça na televisão (porque os que dizem falar em seu nome, vão acabar queimando o teu filme).



Ouvindo:
Lulu Santos - Melô do amor
Cássia Eller e Hebert Viana - Mr. Scarecrow
Marisa Monte - O bonde do Dom

Aos medíocres

Esse é da série eu-não-sei-se-o-texto-é-dela. Hoje recebi no meu e-mail um texto com a assinatura da Fernanda Young. Não sei se é mesmo dela, já que todo mundo sabe da quantidade de textos creditados a autores famosos que nunca os escreveram. O fato é que por algum motivo gostei dele. Fique naquela de se postaria ou se não postaria aqui. Como faz tempo que não posto nada, resolvi fazer dele a minha primeira postagem do ano para não dar a impressão de que entreguei isso aqui às moscas. Segue o texto da Fernanda Young (ou não):

"Atenção para um aviso importante: a mediocridade é opcional. Ao contrário das outras mazelas da vida, essa você só tem se quiser. Sendo que já não será um medíocre quem tentar não sê-lo. E tentar é fácil, tente.
Está provado: o ser humano é metade genes, metade meio-ambiente. Você não pode fazer nada se a genética não lhe favoreceu em algum aspecto, mas pode fazer tudo para melhorar a qualidade da sua relação com o resto do mundo. Tirando dele o que ele tem de melhor e vice-versa. Não estamos dizendo que vai ser fácil mas por acaso é fácil dançar a dança da garrafa?Comece negando tudo que lhe parecer "medianamente médio".
Lembre-se que ser medíocre é mais confortável, por isso fuja do "ah, se tanta gente gosta, por que que eu não vou gostar?" Você não vai gostar porque você merece melhor. Já que ser mediocre é viver na zona franca da existência, feliz por ser mais um igual. Quando só a diferença faz diferença, por menos diferente que ela seja. Só rompendo com esse poder - sim, a mediocridade é um poder que controla nossa vida como um déspota cafona - só rompendo com esse poder, poderemos salvar a humanidade. A luta é diária e individual. Mas sempre valerá a pena, pois de mesmice morrem os mesmos".

Ouvindo:
The Smiths - This night has opened my eyes
Beatles - Black Bird

Da falta de inspiração

Alguém disse que é melhor ficar calado e pensarem que você é um idiota, que falar algo e fazer com que tenham certeza. Me questionaram porque eu tenho postado (poderia te poupar do gerundísmo) pouco, acho que isso serviria de resposta. Mesmo quando não posto nada aqui, mesmo quando não comento nos blogs queridos (e nos blogs visitados), estou sempre vasculhando a blogosfera e lendo o que a galera escreve por aí.
Para minha surpresa, existe um sem número de blogs piores que o meu! Tá cheio de gente por aí que perde a oportunidade de ficar sem escrever nada. Então, se você é um desses que acham que determinados blogueiros deveriam postar mais, pense nisso. Talvez eles não tenham nada a dizer naquele momento. Esse post, inclusive, é um exemplo disso.



Trilha sonora:
Ultrage a Rigor - Nada a declarar

A saudade e o Nescau

Dizem que é preciso mudar. Eu até acho que seja necessário mudar. Este texto não tem nenhuma pretenção filosofal, estou é revoltada com a Nestlé! Sim, a Nestlé resolveu acabar com o Nescau. Melhor dizendo, ela não acabou com o Nescau, mas fez, digamos, um upgrade no meu achocolatado preferido. Vão dizer que achocolatado é tudo a mesma coisa, que Nescau é tudo igual, mas não é. O Nescau antigo tinha outro sabor. Você deve estar se perguntando o que faz alguém escrever sobre isso, mas é que eu fiquei realmente revoltada ao saber que o tal do Nescau 2.0, que a princípio seria uma edição limitada, vai tomar definitivamente o lugar do Nescau tradicional. Já liguei pro 0800, já mandei e-mail... e não sou a única, tem gente até pensando em fazer abaixo assinado pela volta do nosso querido. Mudar é natural, eu sei. As pessoas, as coisas, os lugares, tudo muda. O Nescau também tem o direito de mudar.
Quantas vezes quando ouvia alguém reclamar de determinada banda, "Eles não são mais os mesmos do início da carreira. Isso é desrespeito aos fãs!", respondia que os caras estavam evoluíndo, que é normal bandas mudarem completamente o som e que isso não significa necessariamente desrespeito aos fãs, mas que a banda só estava fazendo um som que, naquele momento, era mais verdadeiro pra eles. Pois de veve ter sido mais verdadeiro ($$$$$) para a Nestlé mudar o meu Nescau.

Penso eu que após ler isso você tenha entendido o motivo do blog se chamar Mente Improdutiva...


Trilha sonora: Superguidis - A saudade e o All Star

Coisas estranhas do dia

Eis que abro meu web mail e me deparo com a manchete: "Menino morde pitbull". Pois, é. Um menino, em Minas Gerais, foi atacado por um cão da raça pitbull e simplesmente resolveu estrangular e morder o cachorro, para se defender.
Chuck Norris que se cuide, parece que seu mito caminha para ser desbancado por um mineirinho!

Mais um (adicionado 24/07 1:17 am)

Mais tarde encontro uma superpromoção no site Americanas.com: havaianas tamanho infantil por apenas 7.992,00 ou parceladas, sem juros, em 12x de R$ 666,00! Claro que por esse preço o frete tinha que ser grátis...



Desventuras de frente para o mar

A vida bem que podia ter ctrl z
ctrl del
ctrl y
ctrl x
ctrl r
Mas a vida parece que só tem mesmo
ctrl c e ctrl v

Ainda bem que a vida não é um sistema
operacional
ou um programa,
não podemos retocar nossos dias
Ainda bem que a vida é toque e cheiro
Minha vida são doces abraços,
é pisar na areia branca da praia,

é mergulhar nas águas verdes-azuis,
sentir o vento nos cabelos

E essas sensações nenhum programa
é capaz de reproduzir

Eu só queria mesmo o ctrl z


Ps: Pessoal que gentilmente me selou, mais tarde (leia-se outro dia), quando estiver com um pouquinho mais de tempo, agradecerei de forma decente e cumprirei o ritual de repassá-los.
Não pensem que não dei importância para os selos, é pura falta de tempo mesmo. Por hora deixo só o meu muito obrigada.
Bjs!

Da importância de escrever corretamente

Tem gente que não se incomoda com os problemas que tem com a escrita. Eu não sou a pessoa que escreve dentro do uso normativo da língua portuguesa, nem estou fazendo uma crítica ao já famigerado netiquês, mas é legal escrever de uma forma que seja ao menos legível.

Vai que amanhã você resolva fazer uma homenagem a alguém? Vai que amanhã você deseje se tornar um tatuador? Ou pior, vai que amanhã você receba uma singela homenagem como essa (clique na imagem para ampliar, se não estiver enxergando direito):


Esse post também poderia ser sobre a importância do lugar escolhido para se fazer uma tatuagem, se você não conhecer bem o tatuador...

Trilha sonora: Ultrage a rigor - Inútil

Na fotografia, estamos felizes

Já há algum tempo um primo meu fala sobre fazer um álbum com as fotos de todos os membros da família. Como aqui em casa estão todas as fotos do espólio de minha vó, me comprometo a separar algumas e enviar para ele. Passei a tarde inteira analisando álbuns, selecionando as melhores, scanneando e fazendo o upload ( e ainda tem mais fotos para outro dia).
O mais interessante de rever fotos antigas é que este também é um modo de se rever. Ri muito com certas fotos, cheguei a me emocionar em outras e algumas me levaram a uma das maiores questões da humanidade: como é que eu tinha coragem de usar/fazer isso?
Pensei que seria algo chato, mas rever todas aquelas fotos que já estavam praticamente esquecidas na gaveta foi uma coisa boa. Minha família é enorme, e não tenho contato direto com boa parte dos meus parentes (Orkut não conta). Foi uma forma de reviver momentos felizes ao lado de pessoas que eu quero bem (não que os momentos e as pessoas de agora não o sejam).
Deixo esse post aqui hoje porque talvez inspire alguém a fazer o mesmo, e, talvez também, essa pessoa que se sentir inspirada se sinta tão bem quanto estou me sentido com esse contato com o passado da minha família, que nada mais é que a minha história.

Sugestão de trilha sonora: Oswaldo Montenegro - A lista (não sou fã dele, mas a letra dessa música é foda!)

E eu que pensei que a "moda" emo tinha passado...

Jesus, acende a luz!

Não, eu não queria fazer um segundo post com tendências religiosas... mas quando esbarrei nisso, não resisti.

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.

Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.

Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.

Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.

Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.

Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


Me disseram que é um ensinamento budista, não sei se é mesmo. Achei legal colocar aqui.

Coisas que a sabedoria popular nos ensina

Antes de reclamar da sua vida, imagine a seguinte situação:

Você é um gêmeo Siamês.

Seu irmão, colado no seu ombro, é gay.

Você não é.

Ele tem um encontro esta noite.

E vocês só têm uma bunda.

(...)