No alto dos meus 24 anos, não minto a idade. Sim, nasci em fevereiro de 1984 e não tenho nenhum motivo para dizer que nasci em 85, 86... Estive passeando pelo Orkut de algumas amigas, colegas e conhecidas e, não raramente, percebi que a idade é um problema para algumas delas. Até aí tudo bem, acho que uns 90% das mulheres têm problemas em revelar sua própria idade. Mas tem gente que nasceu no mesmo ano que eu e consta 22 anos de idade, tem gente que tinha 21 quando eu tinha 21 e continua com 21, tem gente que fez 24 outro dia mas continua 23, as que têm 26, estão com 24. O que será que houve comigo? Como foi que me tornei uma das poucas que diz a idade que tem?Conversando sobre isso com um amigo, ele me respondeu com uma frase, que mais tarde descobri ser do Oscar Wilde: "Desconfiem da mulher que confessa a sua verdadeira idade. Uma mulher que diz isto, poderá dizer qualquer coisa." Sinceramente, com meu cérebro de melão, não entendi direito qual foi a dele com esse "desconfie"... Mas, deixando isso pra lá, qual o mal em ser sincera? Já disse que as pessoas sentem medo da sinceridade. Mas, sinceramente não entendo porque mulheres bonitas, inteligentes e que se dizem "bem resolvidas" mentem a idade. Porra, elas ainda são jovens! Seria medo do Renew?Eu adoraria ter 21, mas tenho 24. Não adianta eu colocar no Orkut, no Myspace nem em algum outro lugar que tenho 21 porque isso não vai parar o tempo, nem alterar meu RG. Fico feliz da vida quando alguém me dá 22, mas não é por isso que vou sair por aí dizendo que tenho 22. Acho que fica até feio.Lembro que quando fiz 20 anos fiquei temporariamente neurótica, escrevi uma crônica (quanta presunção chamar aquilo de crônica!) chamada As rugas dos vinte anos e recebi de volta uma série de elogios, além de uma página de revista (sim, ele recortou a revista e me deu a página - hahaha - achei singelo)que continha uma crônica chamada Ah, as mulheres de vinte!. Encheu minha bola, nunca mais reclamei dos meus vinte e poucos anos.Se, sei lá por qual motivo, tem vergonha de dizer a verdadeira idade, ¿Por qué no te callas? Quando alguém me pergunta quantos anos tenho e , pelo mesmo motivo desconhecido, me sinto um tanto constrangida para dizer, mesmo assim digo a verdade, depois de um fanfarrão "já estou chegando na idade de não responder mais a essa pergunta...". Mas, apesar disso, quando tiver trinta e alguém perguntar, não vou dizer que tenho 28. Se o número incomodar, acho mais glam não responder, fazer uma piadinha, mudar de assunto, a mentir.Oscar Wilde que me perdoe, mas acho que a frase correta deveria ser "desconfie de uma mulher que mente sua idade, se ela esconde até a idade pode esconder qualquer coisa". Será que um dia me tornarei assim? Meeeeeda! Já estou, praticamente, saíndo dos vinte e poucos para entrar nos vinte e muitos e não quero mentir pra mim mesma.
Trilha sonora:
Raimundos - Vinte e poucos anos
Engenheiros do Havaii - Números
Paul McCartney - When I'm 64
É ano eleitoral. As eleições municipais estão batendo à porta. Nas ruas, em pleno sol do meio-dia, várias pessoas seguram faixas e placas de alguns candidatos em troca de R$350 semanais. Os carros de som, proibidos tempos atrás, circulam por todas as ruas da cidade com sua poluição sonora disfarçada de jingles de campanha. Alguns candidatos exibem sorrisos forçados, discursos demagógicos, outros trocam farpas entre si, invés de apresentar propostas. Pessoas simples defendem veementemente determinados canditados, agindo como não agiriam para defender o melhor amigo de uma acusação qualquer.Olho para os eleitores. Cheguei à conclusão de que a maioria das pessoas não está nem aí pra ética. Como podem chamar um político de corrupto, se elas mesmas só estão interessadas em levar alguma vantagem com a eleição do canditado que apóiam? E quando digo "levar vantagem", não estou me referindo à coisas do tipo ter melhorias para seu bairro, benefícios na área de saúde, educação, etc. Me refiro às pessoas que votam em Fulano porque ele pode conseguir um contrato de trabalho temporário em algum órgão municipal, porque Beltrano vai conseguir uma vaga para a sobrinha na escola x, porque Cicrano pode ajudar sua empresa a prestar serviços para a prefeitura praticamente sem licitação, etc.
Não estou decepcionada com os políticos da minha cidade, mas com os eleitores e sua forma de escolher seus representantes. Aliás, representante é a palavra adequada. O cara que escolhe alguém sem caráter para o representar, só pode não ter caráter também.
Pois, é eu gosto mesmo dela. E, ao contrário do que pensam alguns, ela é amiga! Esse texto foi retirado de uma antiga propaganda da Editora Abril (odiadores da Veja podem ignorar esse fato e apreciar o texto).
A vírgula
A vírgula pode ser uma pausa.
Não espere.
Não, espere.
A vígula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve.
Ela pode forçar o que você não quer.
Aceito, obrigada.
Aceito obrigada.
Pode acusar a pessoa errada.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Não, quero ler.

Trilha sonora: Paralamas e Lulu - Assaltaram a Gramática.
"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim
que perguntar carece: Como não fui eu que fiz?"
Depois de tanto tempo sem postar nada, resolvi começar este pequeno post com essa música do Milton (se não me engano a composição é uma parceria com o Tunai). Não sou nem nunca fui (talvez um dia me torne) fã do mineirinho da boina, mas esses versos inciais de Certas canções me caem como luva. Acho que todo mundo se sente assim com suas canções preferidas ou já teve, pelo menos uma vez, essa mesma sensação de "cara, parece até que fui eu quem escreveu essa música!".
Os caras da foto abaixo compuseram, cantaram ou tocaram muitas das músicas que parecem, para mim, que são minhas. A foto também vale como homenagem ao mês do rock, já que cometi o sacrilégio de não postar dia 13 de julho, dia mundial do rock.

Na foto, em sentido horário: 1) Freddie Mercury 2) Stevie Ray Vaughan 3) Sid Vicius 4) John Lennon 5) Johnny Cash 6) Jim Morrison 7) Elvis 8) Hendrix 9) Bob Marley 10) Kurt Cobain 11) Bon Scott 12) Johnny Cash 13) Layne Staley
Nota 1: Dercy morreu
Nota 2: Amy continua viva
Ainda tem gente que se surpreende quando me pergunta sobre algum programa de tv e eu respondo que não vi.
- Sabe a Glaucicleide da novela?
- Não, não assisto.
- Nããããããããoooo?!
Pois, é. Eu assisto muito pouco. E para falar a verdade, a maioria das vezes que ligo a televisão é para assistir um dvd, um telejornal da madrugada, um seriado. E não estou dizendo isso para me fingir de cult. De fato a televisão perdeu boa parte de seu espaço na minha vida com o advento da Internet. Mas de vez em quando me sinto na obrigação de assistir algumas coisas para não ficar totalmente alienada do mundo televisivo. Neste domingo fiz isso. Liguei minha tv, e comecei a mudar de canal, na esperança de encontrar alguma coisa que merecesse minha atenção. Pasma, não encontrei nada! Onde estão as pessoas que valem à pena ser assistidas, as que merecem ser entrevistadas em horário nobre? Não estão na telinha?
Acho que ampliei demais meu pequeno universo... devia ser como as outras pessoas que esperam pela Fátima Bernardes para saber o que está acontecendo do lado de fora da janela, que acham programas que ridicularizam minorias e vilipendiam a mulher engraçados, que não perdem os capítulos (atualizados diariamente) da vida das “celebridades” nos programas de fofoca e que, é claro, não perdem a novela. Isso é ser normal. E mais normal ainda é considerar esse tipo de programação como "entretenimento".
Será que só eu acho a atual programação da tv aberta um lixo (com raras exceções)? Apertar o botão de desligar está fora de cogitação?Acho que a tv se tornou um vício para determinadas pessoas, embora elas não percebam, ou não admitam. Foram controladas pelo controle remoto.
Trilha sonora: Titãs - Televisão