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Eu sou do tempo em que a gente se telefonava

- Ei, moça! Não é defeito, não, seu telefone tá sem linha.

Estava folheando a revista de domingo e me deparei com o ingrediente que me faria malescrever essas linhas. Na parte musical, destaque para o show de lançamento de um disco chamado Eu sou do tempo em que a gente se telefonava. Pronto. Desnecessário dizer mais uma vez o quanto sou aficionada por títulos (interessantes).
Não sei você, mas também “sou do tempo em que a gente se telefonava”. E telefonar não era enviar um sms pedindo para alguém entrar no MSN ou no Skype. A gente discava um número, uma outra pessoa dizia “alô” e começávamos a conversar, muitas vezes por horas. Isso acontecia no século passado, onde eu nasci. Hoje olho para o meu celular e qual a principal função dele? Ouvir música. Coloco meu fone de ouvido e vou para todos os lugares curtindo minha própria trilha sonora, como se fosse possível deixar o resto do mundo em mute por alguns instantes. E mais: na maioria das vezes quase xingo quando está tocando AQUELA música e uma ligação interrompe.
Das pessoas que conheço, chuto que apenas para umas três a principal função do telefone seja fazer ou receber ligações. A maioria quer saber mesmo do wi-fi, dos aplicativos, os outros se ligam na câmera e/ou no mp3 player. Você mesmo pode perguntar aos seus amigos o motivo de terem comprado o aparelho que tem. Aposto que não vai ouvir que foi pela qualidade das ligações (“Cara, eu comprei esse celular pra poder falar com as outras pessoas sem nenhum traço de ruído e elas me escutarem como se eu não estivesse falando com um megafone dentro do banheiro minúsculo de algum inferninho”).
Quando eu era adolescente, o celular representava uma certa independência, era ter um aparelho só meu, uma linha exclusiva. Nunca gostei de telefone, mas gostava menos ainda de falar certas coisas na frente de todo mundo. Lembra daquele comercial do governo, “celular... com a sua idade sua mãe nem sonhava em ter um”? Talvez sua mãe quisesse um telefone fixo quando tinha sua idade. Gosto de observar como certas coisas mudam conforme o tempo passa, apesar de algumas mudanças me assustarem às vezes.
Eu sou do tempo em que a gente se telefonava mas acho ótimo não ter mais que te ligar.
Se o disco é bom? Digamos que não é um disco que eu compraria. É, eu sou do tempo em que a gente comprava discos (e muitas vezes comprava por causa de uma única música). Mas essa já é outra história.

Ouvindo: Blubell - Chalala Original

Os livros na estante (parte II)


No início deste ano (ou no finzinho do ano passado) me comprometi a ler 12 livros em 2010, ficando assim com a média de um livro por mês. Era uma dessas "promessas de ano novo". Pa-pé-pi-porém, estamos indo para o mês 10 e até agora o somatório de livros lidos é de apenas 5, sendo que estou lendo dois no momento (Uma história de Deus e Joaquim Nabuco - Essencial) o que elevará esse número para 7. De qualquer forma, estou atrasada em no mínimo 2 livros. Na fila de espera, tenho Cruzadas e Na estrada (este sairá do ról dos clássicos nunca lidos), que se conseguir ler até o fim de outubro, me colocarão em dia com minhas pretensões.
Nesse meio tempo, lendo as intensas cartas de Caio Fernando Abreu (aquele da dupla Caio e Cecília - sempre citados, nunca lidos) acabei relendo Morangos Mofados por impulso. Interessante ver a diferença na releitura quando tive uma outra perspectiva do autor.
A biografia de Lady Day está na lista dos que estou doida para comprar, principalmente por ter visto por 17 contos outro dia, junto com No calor da hora. Os dois completariam a mandala e me fariam realizar o projeto.
Ter lembrado disso, e refletido sobre, talvez pareça apenas vontade de cumprir uma promessa feita a mim mesma. E talvez seja, que mal há nisso? O importante é que a leitura seja feita pelo prazer de ler e não por uma obrigação de mim para eu merma. Por isso, se o BRock do Dapieve aparecer por aqui, será muito bem recebido e festejado.
Fazendo um balanço:

Lidos de janeiro até agora:


Lendo:



Sugestões?



Ouvindo:
Silvia Machete - Só quero saber de você

Um frufru confuso

Dizem por aí que só um novo amor é capaz de curar as feridas deixadas por um amor do passado. A lógica é que usam o veneno da cobra para fazer o soro antiofídico e para criar vacinas usam os próprios vírus. Mas quando se coloca o amor na condição de curável (como se houvesse uma caixa de Band Aid com formato de coração), já é porque não é amor e sim uma grande merda. Acredito no amor. Mas no amor de verdade e não no verborragizado por aí (te achei lindo, te amo).



O que isso tem a ver com o que vou escrever a diante? Nada! Ou tudo, não sei.
Ontem, depois que saí do escritório (isso foi após pedir demissão dando a justificativa de que está sol e eu quero ir na praia - sim, eu disse isso) passei na casa de uma amiga que mora lá perto. Fazia tempo que não via a mãe dela, que logo perguntou sobre um ex-namorado, por quê a gente tinha terminado e essas coisas. Acabou porque acabou, oras! As coisas tem começo e tem fim. Desimportando-se com minha falta de vontade explícita de continuar respondendo, ela arrematou com "e não está namorando por quê?". Muita gente faz essa pergunta, não só pra mim. É fácil encontrar alguém que já ouviu um "por que você não está namorando?". Sabe? Eu, essa moça tradicional (cof cof), não acho que namorar seja algo micareta style. Nada contra carentes compulsivos, mas me soa falso namorar por namorar, parece algo só pra não ficar sozinho. Se você é um jumento e não entendeu, eu estou falando de relacionamentos duradouros aqui nesse papo de tia velha.
Pobre amor... caiu no banal se tivesse caido no bacanal podia ter se divertido, pelo menos. E já caiu lá faz tempo, junto com tantas outras coisas.

Constatação 1: Eu sou uma pessoa antiquada.
Constatação 2: Eu sou uma pessoa que se perde nas palavras.
Constatação 3: Fiquei mais velha essa semana e isso talvez explique minha perda gradativa de memória (não, não fumo maconha) e os outros dois itens acima.


Ouvindo: Arnaldo Antunes - Vem cá (até coloquei na barra lateral)

E lá se vai 2009


Cativados pela campanha do Bradesco, no início do ano diversos populares escreveram em tudo que é lugar (alguns escreveram até naquele lugar, não duvide): Feliz 2000inove. Eu não segui o conselho, não inovei e 2009 foi um ano de buesta. Sigo para 2010 com a sabedoria popular, à espera de um ano cheio de flores após tanto adubo.
O ano passou muito rápido. Na verdade os últimos anos passaram muito rápido. Até comentei no blogue da Dani Kimura outro dia que depois que a gente passa dos vinte, os anos passam tão rápido que parece que estão correndo da gente. E eu já passei vinte, em fevereiro saio dos vinte e poucos e entro definitivamente nos vinte e muitos (eu e minha TPA).
Apesar dos pesares (e como tive pesares!), ri muito esse ano, reencontrei pessoas queridas que há muito não via ao vivo, fui à lugares incríveis, o por-do-sol pareceu mais pitoresco na estrada pra casa, o céus estava mais azul-bonito e até os dias de chuva caíram bem.
Num belo dia do ano, olhei para minhas unhas e percebi que aquele não era o esmalte perfeito, que talvez ele ficasse bem em outras unhas e que outro esmalte ficaria bem melhor nas minhas mãos. Fiz um dramalhão por isso. Mas, depois de um rio de lágrimas, usei algodão e um bom removedor (nem precisei imprimir nenhuma foto pra rasgar). Agora tenho preferido esmaltes menos intensos, com mais base. Por uma vida mais suave.
Resumindo (e sou péssima com resumos), meu 2009 sem carro e sem Internet foi bem mais bossa nova que rock n' roll. Isso não é ruim, embora eu prefira misturar os ritmos. Agora vou numa lotérica apostar na Mega Sena de fim de ano. Quem sabe eu não ganhe alguma coisa?
Então, boa sorte pra mim, bom 2010 pra você e dias ainda melhores para todos nós!
E esse foi mais um post sem nexo.


Ouvindo: Sylvie Vartan - La Plus Belle Pour Aller Danser

Amor urgente

Passo pela banca de jornal e uma manchete bizarra salta aos meus olhos (outro dia falo sobre ela). Não resisto e compro o jornal de R$0,50 para rir um pouco com os trocadilhos infâmes da "matéria". No meio do jornal, outra coisa me chama atenção: Pai McGayver (nome obviamente alterado para evitar novos processos).
Pai McGayver é um pai de santo e sua propaganda afirma: "não gosto de mentiras, muito menos pilantragem (...) meu trabalho é sério (...) só faço o trabalho se realmente tiver jeito". Desconsidere Preste atenção no "se realmente tiver jeito" porque a anúncio segue: "Pai McGayver afirma e dá garantia: trago a pessoa de qualquer parte do mundo em 5 horas".
Rá! Se você é um dos picaretas que prometiam trazer a pessoa "amada" em 7, 5 ou 3 dias, só uma coisa a dizer: Perdeu, playboy! Pai McGayver é muito mais eficiente! Aliás, ele conta com outros dispositivos para "amarração", contando com uma linha de produtos que inclui baby dolls, calcinhas e cuecas consagradas, bombons e líquidos (líquidos???). "Tudo para manter quem você ama debaixo dos seus pés".
Antigamente a promessa era trazer o seu amor de volta em 7 dias, depois baixou para 5 dias, caiu para 3 e agora, finalmente, são apenas 5 horas. É o avanço da tecnologia: há alguns séculos a pessoa era trazida pelo caixeiro viajante (levava 7 dias para chegar), depois passou a vir pelo correio (5 dias), daí inventaram o Sedex (no máximo 3 dias) e agora que estamos na era da Internet, a pessoa "amada" volta em 5 horas, que é o tempo necessário para fazer o download de um pacote dessa importância.
Muita gente paga por esses serviços, então se você tem espírito empreendedor não perca tempo, invista com tudo no Macumba On-line. É o empreendimento do futuro. A Anatel já anunciou que a partir de 2010 a velocidade da Internet em todo o território nacional será equevalente à de países de primeiro mundo. Dessa forma a pessoa amada voltará em apenas 5 minutos. (Pra onde vai o charme da conquista? Não sei.)
Independente de eu não acreditar que essas coisas funcionem, tenho um certo medo dessa gente que de tão carente, se fosse possível, seria capaz de "escravizar" alguém só pra não ficar sem companhia. Pra mim isso é doença e se você, querido estranho, pagaria, está pagando ou já pagou por isso, desculpe minha sinceridade, mas acho mesmo que você deveria usar esse dinheiro pra pagar um psiquiatra. Infelizmente não daria pra você comprar amor próprio também, já que este não consta nas prateleiras.

Quanto a mim, continuo querendo a sorte de amores tranquilos.


Ouvindo: BB Brunes - Dis moi

Porrada! Porrada! Porrada!


De acordo com o dicionário, porrada signica "pancadaria; pancada com cacete; porretada; grande quantidade". No uso popular, a palavra porrada geralmente é relacionada a nada mais nada menos que à relação bater/apanhar.
Há uns domingos, a Revista da TV, que vem encartada no jornal O Globo, estapou a capa acima, com destaque para a palavrinha inocente. Foi o bastante para que nas duas edições seguintes a seção de cartas dos leitores (ou seção de e-mails, se preferir) fosse tomada por protestos de leitores revoltados com a reportagem sobre o crescimento dos programas de esporte de contato na televisão e mais revoltados ainda com a a legenda na foto da capa.
Havia o grupo 1, os que eram contra que alguém desse tamanho destaque a uma matéria sobre esse tipo de esporte, que defendiam que UFC não passa de "agressão absurda" entre pessoas que nem merecem ser chamadas de pessoas. Particularmente, acho que o Premier Combate que mierda! eu fazendo propaganda gratuita! é um dos raros canais do sistema pay-per-view (ou paper view, como escrevem por aí) pelo qual eu pagaria (se eu fosse fã de tv). Isso também porque eu não pagaria um centavo por canais de futebol ou de realities onde siliconadas passam o dia na piscina e, sinceramente, me incomoda bem mais o espaço que se dá em todas as mídias às novelas, realities do tipo BBB e programaas de fofoca. Mas, como eu estou longe de ser um padrão, as pessoas normais não reclamam do espaço dedicado a certos tipos de programas que pra mim são detestáveis.
Havia também, e era a maioria, o grupo das pessoas que estavam indiguinadas com o uso da palavra "porrada". Nos comentários dos exaltados portavozes da moral e dos bons costumes algo me chamou atenção. Todos estes tomaram a capa como uma terrível afronta. Ora, mas é claro que uma revista de família não pode estampar "porrada" na capa porque senhores e senhoras da reguladora e moralista sociedade cristã acham feio, um palavrão dos mais baixos. E essas mesmas pessoas, tão moralmente esculpidas não viram "porrada" no sentido de pancadaria, como a capa da revista deixa bem claro e sem margem para segundas interpretações. Por causa dos meus dois leitores inocentes, puros, pudicos e angelicais, eu nem vou me dar o trabalho de explicar o sentido ejaculatório da expressão, mas foi por ter visto a coisa nesse sentido mais, vamos dizer, safado que choveu gente reclamando.
O irônico é que essas pessoas saíram metendo o pau, descendo a porrada (as duas expressões no sentido de pancadaria, crianças) no jornal, ofendendo os jornalistas e criticando quem gosta desse tipo de esporte. Tiveram uma atitude muito mais baixa do que muita putaria por aí.
E o pior de tudo isso é que a sociedade inteira está assim. Já reparou no quanto as pessoas estão cada vez mais intolerantes com quem não concorda com elas? Parece que as pessoas acham que só porque alguém gosta de azul, isso o obrigue a ser inimigo de quem gosta de vermelho e vice-versa, como se os dois não pudessem ocupar o mesmo espaço sem se agredir. Tem "gente" se agredindo verbal e fisicamente (inclusive dispostos a matar e a morrer por tão pouco) porque são diferentes em algum ponto, porque torcem para times diferentes, porque tem opções sexuais diferentes, porque são de religiões diferentes, gostam de diferentes estilos musicais, são ou simpatizam com partidos políticos diferentes, ou seja, apenas por causa de pontos de vista diferentes. E isso está começando cada vez mais cedo, veja que os casos de bullying só tem aumentado nas escolas.
E isso é muito doido, porque com o advento da Internet o número de pessoas com mais acesso à informação é maior, isso significa, ou pelo menos deveria significar, um número cada vez maior de pessoas esclarecidas. Mas parece que na outra ponta tem gente cada vez mais ignorante e intolerante (e que faz questão de querer continuar assim). E é essa gente que não quer sair da ignorancia, que só liga pro seu próprio umbigo, que só quer enxergar o seu lado, que se acha dono da verdade ou, na pior das hipóteses, que segue cegamente alguém que se acha o dono da verdade, que faz um mundo cada vez pior, com mais ódio, intolerância, râncor.
Só resta tentar melhorar, sem ligar pra piora dos outros. Melhorar a si próprio numa atitude que pode até ser vista como egocentrica, mas que na verdade é muito autruísta. Porque nossas atitudes, mesmo que a gente e os outros não percebam, mudam as coisas ao nosso redor.
Tá, parei aqui. Esse post tá muito doido.

Homem ao mar? Não, Cristo ao mar!

Meus queridos, há pouco tempo uma notícia que eu acharia cômica se não fosse trágica chegou aos meus ouvidos. A Secretaria de Turismo desse meu pequeno cantinho provinciano anunciou uma bizarrice: Cristo no mar! Do que se trata? Vão gastar 400 mil (não informaram se o valor está em reais ou em euros, como aqui tudo é superfaturado não duvido nada que seja a segunda opção) para colocar uma imagem de Gezuis (não o Jesus Luz, mas o Jesus de Nazaré mesmo) no fundo do mar! Como na capital temos o Cristo Redentor, aqui teremos o Cristo Mergulhador.
A brilhante idéia é uma parceria com o governo de Gênova, na Itália, onde já existe a tal imagem há anos. Com a iniciativa, Cabo Frio não quer mostrar, através de uma metáfora, que o cristianismo já afundou e o povo ainda não percebeu pretende entrar no lucrativo rol do turismo religioso, atraindo toda a sorte de romeiros, pagadores de promessas e curiosos para o fundo do mar da cidade. Aos que tem espírito empreendedor, fica minha sugestão: inventem a vela à prova d'água, o lucro será certo.
A imagem, além de seu conteúdo supostamente turístico, também pretende prestar uma homenagem às vitimas de naufrágios e outros tipos de morte por afogamento. Às futuras vitimas fica o "conforto" de saber que sem dúvida nenhuma encontrarão Jesus ao se afogarem nos mares cabofrienses.
O interessante é que quando vi a foto da imagem italiana pela primeira vez, a impressão que tive foi que ela passa uma mensagem de "Ó Pai, por que me abandonastes? Me tire daqui!". No mito bíblico, o Cristo anda sobre as águas, acho que alguém confundiu sobre com sob.

Crsito ao mar

Yemanjá que se cuide, agora ela terá um concorrente de peso!




Aproveitando o post, também quero anunciar que saiu a edição de inverno da Revista Sunshine. Trabalho mais uma vez muito bem feito pelo Rubyers e colaboradores. Vocês podem fazer o download da revista clicando aqui, clicando na imagem que está aí em baixo ou indo no blog do Rubens Medeiros. Pra quem não conhece, a Sunshine é uma revista internética digital sobre cultura, poesia, filosofia e, agora, entretenimento (tudo muito bem ilustrado), de conteúdo totalmente colaborativo (por isso seria legal que você baixasse). Se você gostar, pode divulgar também, faria crianças, já grandes, felizes.

Sunshine


Ouvindo: Arnaldo Antunes - Socorro




Update em 16/07/2009, às 21:43

Quando nóis errra, nóis conserta. Por isso, acho que devo me corrigir no seguinte ponto:
De acordo com o que disse o perfil italiamia producao, que informou ser o idealizador do projeto, sr. Luigi Pirozzi, através de um comentário neste post, o projeto será completamente financiado pela iniciativa privada, ou seja, a prefeitura dessa minha cidadezinha querida não desenbolsará nenhum centavo, ao contrário do que eu dei a entender acima. Abre aspas para o que ele registrou aqui sobre o "Cristo do Mar de Cabo Frio":
"Será um projeto totalmente financiado pela iniciativa privada, seja do Brasil como da Itália. [...] O projeto já conta com uma proposta de patrocínio da Cressi Sub Italia [...] Oultras quatro empresas de diving da europa e grandes empresas brasileiras, a elas também estão sendo apresentada propostas, através de um projeto de captação de recursos. [...] O projeto deve ser entendido como um investimento e não uma despesa"

Esclarecimento feito.
Vou deixar expostos também os queridos parágrafos IV, V e IX do artigo 5º da Constituição:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;



Debate sempre é saudável. Aos membros do projeto, deixo meu e-mail aberto para qualquer outro tipo de esclarecimento.

Coisas que um bombom nos ensina

Isso mesmo, um bombom. Se as grandes coisas estão nas coisas simples, vou escrever sobre isso.
O único tipo de serenata que eu gosto é o bombom. Dias desses ganhei um Serenata de Amor, longe de ser meu bombom preferido, mas bombons são sempre muito bem-vindos. Eis que quando o abro, este que é um dos bombons mais populares que eu conheço, leio algo que deveria ser do conhecimento obrigatório de todos, mas certas pessoas insistem em ignorar:
"Ciúme exagerado não tem nada a ver com amor.
Tem a ver com posse.
E se o parceiro fosse sua propriedade,
no mínimo você teria que pagar IPTU"
Não preciso dizer mais nada. E não me venham com esse lenga-lenga de que "quem ama cuida" porque quem ama não sufoca!
Prontodesabafei!
Ouvindo: AC/DC - Let me put my love

Eu e o fone, o fone e eu

Se tem uma coisa que eu gosto muito nesse mundinho digitalizado é a portabilidade. Não a portabilidade numérica tão divulgada pelas operadoras de telefonia celular, mas o fato de que certas coisas podem ser levadas para todo lugar. Acho maravilhoso o poder de levar coisas queridas comigo para onde quer que eu vá (viva à nuvem!). Claro que aí entram algumas limitações financeiras ou não, nem todo mundo desfruta disso da mesma forma (e alguns muitos não usam da forma mais legal).
A música, por exemplo. Pode ser num MP3, MP4 (vulgo iPobre, mas honesto) ou no celular. A música se tornou portátil e multidimensionável. Vai contigo pra tudo que é canto e cabe em qualquer lugar. Confesso que não desfruto tanto quanto gostaria dessa "portabilidade musical". Isso porque se eu colocar um fone de ouvido, vou sair por aí balançando a cabeça, sacodindo os ombros, batendo o pé no chão, batendo os dedos em qualquer coisa e cantando mudo (caso você não saiba, cantar mudo é a elaborada técnica que consiste em movimentar os lábios como se estivesse cantando normalmente, mas sem emitir nenhum som). Eventualmente também faço air guittar, air drumbs, air-qualquer-instrumento (aliás, cantarolar mudo pode ser rebatizado como air vocal no futuro, para facilitar o entendimento). Resumindo: se eu sair pela rua ouvindo música, as pessoas vão ter certeza de que sou mais doida do que elas já sabiam (ou suspeitavam). E quem já tem seus 25 anos e precisa manter um emprego decente tem que ter um mínimo de preocupação com a imagem que passa. Por isso resolvi que quando estou em locais públicos, só ponho os fones em determinadas situações.
Coloco os fones quando quero ouvir o Kinks, ou qualquer outra banda de "roquezinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém", sem ter alguém perguntando porquê gosto de música velha. Ou quando quero ouvir minha boa e velha bossa nova em paz. Ou quando sinto uma necessidade quase que   fisiológica de ouvir os cantores e bandas que só eu gosto/conheço numa boa, sem ninguém enchendo o saco.
Coloco os fones quando entro na fila do banco, do mercado ou qualquer outra fila, para evitar os catadores de assunto, para não ouvir as outras pessoas só falando de desgraça e da vida dos outros, o que em alguns casos continua sendo desgraça (o Pedro Luís estava certo: "tão vendendo ingresso pra ver nêgo morrer no osso").
Coloco os fones quando berra algum pregador anunciado a "salvação" (francamente: como eu poderia acreditar que um Jesus vai me livrar do inferno, se ele sequer se dá o trabalho de me livrar das bobagens ditas e praticadas pelo seu fã-clube?).
Coloco os fones sempre que percebo um chato se aproximando.
Coloco os fones para ler no ponto de ônibus (aliás, muita gente que pega ônibus ignora a existência de fones de ouvido).
Há muito tempo, numa aula de Filosofia sobre alienação, uma amiga disse que eu era uma "alienada da música", porque eu faço tudo com música, ouço música quase o dia inteiro, praticamente respiro música. Ela tinha razão, ponho os fones toda vez que quero me alienar, me afastar, do mundo ao meu redor.

P.s.:  Essa postagem foi agendada, se der certo o Blogger postará na quinta (21/05). 
P.p.s.: Ai, que saudade do meu computador!!!

Ouvindo: Tony Platão - Seguindo estrelas

Este blogue ainda está vivo

Ontem à noite, estava eu na sala esperando por um telefonema quando resolvo ligar a TV e procurar algo que prendesse minha atenção. Fui passando de canal em canal, até que cheguei na Rede TV!, justo no exato momento em que um grande gênio dos nossos tempos, Luciana Gimenez, anunciava que possui um blog. Daí eu pensei que se até esta grã-filósofa tem um blog atualizado (e pela intelectualidade das postagens, parece que realmente é a própria quem escreve), não seria legal eu deixar o meu entregue às traças. Por isso resolvi aparecer por aqui hoje pra retirar a poeira e as teias de aranha, depois de mais de um mês sem postar nada.

Mas como atravesso um período de total improdutividade, aproxima-se o inverno e eu já estou ibernando, sobre o que eu poderia escrever? Óbvio! Falta cerca de um mês para o dia dos namorados.
Será que você tem um par passar esse dia? Não sei. Mas se estiver à procura, vê se escolhe direito, pô!


Porque tem gente idiota que namora só por carência e acaba fazendo merda suficiente pra adubar a vida inteira. Acho que as pessoas dão muito valor às datas comercio-comemorativas e espero que se você for do enorme grupo dos que passarão esse dia sozinho, não encane com isso. Não tem nada demais. É só um dia como outro qualquer...
Eu sigo achando que a função da data é aquecer o movimento dos motéis e restaurantes... Mas se você tem seu amorzinho, aproveite. Não custa nada fazer um agradinho, dar um presentinho, uma surpresinha, enfim...






Ouvindo: RHCP - Soul to squeeze

Tô pensando em ir morar em outro planeta...

Às vezes tenho a impressão de que todo mundo está se vendendo. Vender nada mais é que ceder certa coisa por um determinado preço. É isso o que vejo: ninguém, e as exceções são raríssimas mesmo, faz nada de graça. E não estou falando de dinheiro, estou me referindo a sempre querer receber algo em troca, sempre querer ser beneficiado de algum modo, sempre querer levar alguma vantagem. Parece que ninguém mais sorri por ser simpático, ajuda por gentileza, tem que ter algo em troca. Talvez essa barganha faça parte da natureza do ser humano. Mas acho que em determinadas situações as pessoas nem percebem que estão agindo assim, já está no automático. E auto lá! Não confunda com reciprocidade, porque estou falando de agir de determinada forma só para ter algum benefício (imediato ou não) e não de agir da forma x porque a(s) outra(s) pessoa(s) agiu(ram) da forma x com você. Suponho que isso seja saudável até um certo ponto, mas essa história de querer levar vantagem em tudo é muito egocentrismo pro meu gosto! Estamos involuindo dentro da evolução...
Quer dizer, na verdade as pessoas estão fazendo algo de graça: odiando (diga-se de passagem, sem motivo justificável só de babaquice). Se auto-iludem (com hífen mesmo, sr. Acordo). Banalizaram o amor... Reparou que banalizaram o ódio também? Pra todo lado tem um "eu odeio". Ódio é um sentimento muito forte, muito intenso, não é para se aplicar a qualquer coisa sem motivo ou razão. Tem coisas que você não odeia. Até acha que odeia, mas apenas não gosta. Mas o ódio também já caiu na banalidade... talvez nem importe. Ou talvez importe muito! Porque, veja bem, se o amor e o ódio foram banalizados, significa que os sentimentos estão banalizados.
Então, eu ia dizer aqui que ainda vale a pena ser legal de graça, mas acho, sinceramente, que na sociedade em que vivemos, muitos achariam demagógico e desimportante.
Merda. Game over!




Ouvindo:
Malajube - Hérésie

Vivendo e aprendendo

Eu gosto quando as pessoas me corrigem, gosto até quando me criticam (com fundamento, é claro). Não é demagogia, é porque eu acredito que outras pessoas podem realmente acrescentar algo me apresentando seu ponto de vista. Às vezes é complicado (chato) ouvir o que não se quer, às vezes é como levar um tapa, às vezes é como levar uma surra completa. Mas mesmo assim, pra mim são apenas degraus.
Minha vida é baseada na teoria do degraus. Degraus foram feitos para que a gente suba, para nos elevar. Algumas vezes tropeçamos num degrau, isso pode ser dolorido, pode até ser traumatizante, mas a gente vai para um nível mais alto (mesmo que na hora não percebamos). É assim que vejo, as adversidades nos fazem crescer. Por isso adapto aquele ditado que diz "se a vida me der um limão, faço uma limonada". Se a vida me der um limão, peço logo uma dúzia, para brindar meu crescimento com muita caipirinha!
Meto a cara sem medo de levar um tapa. Erro, como todo mortal, quebro a cara, mas aprendo. Estou aberta à criticas, sugestões e correções sempre. Nem sempre vou aceitar facilmente as criticas, sugestões e correções que recebo porque sou muito teimosa. Mas, por favor, só me corrija quando eu estiver realmente errada. Isso pode ter soado arrogante, mas não foi a intenção.


Estava pensando... se Tristão e Isolda realmente fosse uma história de amor exemplar, seria Felizão e Isolda.

Ps.: Eu não consegui pensar num título para esse post...

Ouvindo:
Roberta Sá - Belo estranho dia de amanhã

Não me mande flores

Isso provavelmente vai soar muito anti-romântico. Não gosto de receber flores. Apesar de ter colocado no título do post o nome de uma música do De Falla (Não me mande flores), concordo mais com a dos Titãs, "as flores de plástico, não morrem". Porque, de certa forma, é assim que vejo essa história de receber flores: como algo que está morto (porque se a coitadada da flor foi cortada da planta, ela está morta) e vai murchar pode ser símbolo de romantismo? A analogia não me agrada muito. Por mais belas que sejam as naturais, ainda prefiro aquelas flores de chocolate (até porque dá pra fazer uma analogia mais interessante).
Mas se for para receber flores, também não gosto de rosas vermelhas. Pra falar a verdade, não gosto da cor vermelha de modo geral. Então tenho uma preferência pelas rosas amarelas, acho mais bonitas e tem também o fator todo-mundo-recebe-as-vermelhas-eu-não-quero-ser-igual-qualquer-uma. Mas hoje o blog Curiosidades do Planeta jogou água no meu chopp. Lá na barra lateral dele (do blog) tinha o significado das flores e eis que descubro que a bendita rosa amarela representa infidelidade. Tasqueoparíu! Logo ela? Porque não a camélia ou a ipoméia ou, ainda, um copo-de-leite?! A rosa amarela é tão bonitinha, tão doce, tão delicada... tem flores mais safadas por aí!
É... é melhor eu continuar preferindo as flores de chocolate. Aí pode ser rosa, orquídea, cravo (cravo tem mais pétalas, conseqüentemente mais chocolate) ou qualquer outra. Chocolate sim deveria ser símbolo de romantismo! Chocolate é energético, alguns tem propriedades antioxidantes, tem vitaminas, combate o mau colesterol e libera endorfina (substância responsável pela sensação de felicidade e prazer), só me remete à coisas boas. Como tudo na vida, o chocolate em excesso traz lá seus malefícios... Vocês devem ter entendido a metáfora. Realmente acho que o chocolate tem muito mais a ver com o amor que as flores. Flores são mais bonitas enquanto fazem parte da planta.

Ouvindo:
The Last Shadow Puppets - Stand next to me
Pearl Jam - Crazy Mary


Sem título e sem texto

Dispensa que eu escreva alguma coisa:


Em caso de problema de visualização, clique na imagem para ampliar.

Ouvindo: Paula Toller - All over

Meme mio!

Bom, recebi um selo e um meme. Geralmente quando isso acontece não posto aqui, mas hoje, sei lá o motivo, resolvi postar.

Vamos lá! Primeiro, recebi o selo que deveria se chamar "Washington Olivetto que se cuide", mas se chama "Olha que maneiro". Veio da talentosa Fernanda Lemos do Dialética Nostálgia e da pin up ruiva Pelirroja do querido Abóboras ao Vento. Aí vão as regras (comentários meus entre colchetes):

1 - Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que vc acabou de ganhar!!! [tá aí em baixo]

2 - Poste o link do blog que te indicou. [estão aí em cima]

3 - Indique 10 blogs de sua preferência; [iden 2]

4 - Avise seus indicados; [alô, correios!]

5 - Publique as regras; [aham...]

6 - Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras; ["faz o que tu queres, há de ser tudo da lei!"]

7 - Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B ! [isso é até golpe baixo! vc fica pensando que se não repassar, a pessoa que te enviou o selo vai ficar sem esse "presente"]

And the label goes to (em ordem alfabética):

Análise simpática

Começa assim

Ficta Confessio

Modus Operandi

Reload No Sense

Verdades e suposições



Do Abóboras veio também um meme: Um pouco mais sobre...



Regras:
1 - Colocar o link de quem te indicou para o meme.
2 - Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara.
3 - Contar os 6 fatos aleatórios sobre você.
4 - Indicar 6 blogueiros pra continuar o meme.
5 - Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

Seis fatos sobre mim...? Deixa eu pensar em coisas que não sejam comprometedoras...

1. Não gosto de memes, nunca os respondo. hahaha É porque eu não gosto de nada que envolva muito rituais, que tenha que cumprir regras que nem sempre acho interessantes e ainda ter que sair por aí avisando. Por isso nunca repasso selos e memes, esses dois são os primeiros. E também por isso não vou me importar se meus homenageados não repassarem.

2. Acho uma merda droga fazer aniversário!

3. De vez em quando, mesmo sabendo não ter talento nenhum pra isso, corto meu próprio cabelo geralmente não fica tão bom quanto eu imaginava.

4. Gosto de fimes sobre guerras históricas, principalmente sobre a Segunda Guerra.

5. Leio mais de dois livros ao mesmo tempo.

6. Tenho medo de baratas, às vezes pago algum mico por isso.

Indico o meme aos mesmos que receberam o selo.

Ok, computer!


Chega mensagem no e-mail: "Fulana te convidou para fazer parte de sua rede de amigos no Seilaoque.com". Recado no Orkut: "Você nunca mais entrou no MSN". Recado no MSN: "Depois vê se aparece lá no Orkut".

Eu fico pensando em como certas pessoas dão conta de tanta "internetividade". Tem gente que participa de simplesmente todas as "redes sociais" da Internet. Como se fosse, se é que não são, um programa de computador, elas estão por toda a parte: mil contas de e-mail (o que te obriga a perguntar pra onde enviar uma mensagem ou mandar para os vários endereços de um único destinatário), sei lá quantos perfís no Orkut (cada um com 1000 "amigos"), blog, Twitter, Last FM, MySpace, Second Life, MSN (sempre com mais de 20 janelas abertas), AMI, Face Book, Yahoo Respostas, fóruns sobre um monte de coisas, jogos, etc., etc. e etc. Como é que dá conta disso tudo?!

O foda é que cobram que as outras pessoas tenham o mesmo comportamento, que passem 24 horas interagindo com o mundo virtual. Não, eu não consigo. Não tenho conteúdo para me dedicar tanto assim a esse mundinho tão infinito que é a Web. Na vida real, este espaço onde a gente tem que encarar as pessoas olho no olho, usar nossos cinco (ou seis) sentidos para se relacionar, não dá para ficar atrás de uma tela. No mundo real a gente tem que conviver com gente chata sem poder colocar um "aparecer off line", tem que encarar os problemas sem poder se desconectar.

Tudo bem, computador, você venceu! Mas no mundo virtual, não tem beijos e abraços.

Constatação: estou realmente ficando velha...

Ah, e NÃO sou eu na foto lá de cima.



Ouvindo:
Bad Religion - American Jesus
Cat Power - Babydoll

Caso de Pulitzer? Ou de polícia?

Quando eu era criança eu quis ser muitas coisas. Não me lembro de tudo que eu queria ser, mas entre as minhas opções estavam ser arquiteta, desenhista, jogadora de futebol, jogadora de handbol, saxofonista, piloto de fórmula 1 e jornalista. Enfim, hoje eu acho que o legal mesmo é ser fiscal da natureza. Mas vale lembrar que não segui nenhuma dessas profissões, fui para a área de informática.
O fato de eu um dia ter tido a vontade de ser jornalista me faz ter uma certa simpatia pela classe, tanto é que aqui na barra lateral do blog demonstro meu apoio à causa dos jornalistas que exigem a obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão. Mas isso não vem ao caso agora.
Como eu vinha dizendo, quando eu era criança e queria ser jornalista e exercitava meu "potencial" de duas formas. Produção, sonoplastia e locução da "rádio" Toco Cru Pegando Fogo, gravada em fita K7 - naquele tempo não tinha mp3 e computador pessoal não era algo muito comum - em parceria com minha irmã e uma vizinha; e uma "publicação" de uma página só, que eu chamava de revista, a qual só circulava lá em casa mesmo, entre os parentes. Tal preciosidade se chamava MERD'S (pelo título já dá pra perceber o motivo de minha pretensão jornalistica ter sumido), lá eu escrevia muita merda bobagem, muita coisa inútil, muita bizarrice e inutilidades em geral. Acho que produzi a MERD'S entre 9 e 11 anos.
O que me surpreende é que tem gente que faz merd profissionalmente. Estou falando do jornaleco tablóide sensacionalista Meia Hora. Pra quem não sabe, se trata de um "jornal" popular, que fica entre a picardia, a vulgarice e a falta de ética. Certas coisas são tão bizarras que é praticamente impossível não rir, outras dão vergonha alheia. Detalhe interessante é que as matérias não são assinadas. Isso mesmo, os "jornalistas" que escrevem para o Meia Hora não querem ter seu filme queimado por trabalhar num veículo que estampa manchetes como:




Ouvindo: Meet the Flinstones (hahaha)

Ho-ho-ho! Está chegando o Natal...


Eu não gosto do Natal. Pra mim é a pior data do ano, por uma série de fatores, que se fosse enumerar não caberia numa única postagem. Como o lado ocidental do nosso planetinha é cristão e o Brasil é o país com o maior índice de “cristãos” (esse foi entre aspas porque na minha opinião, pelo menos metade dessas pessoas que se declaram cristãs só o são no rótulo) não tenho escapatória, não tem como se manter indiferente ao dia do deus Sol.

Não sei exatamente o motivo que me faz não gostar do período natalino, talvez a demagogia das pessoas nessa época, talvez meu desapego religioso, talvez o apelo consumista, que transformou a figura de Seu Nicolau (que foi construída para ser um símbolo de caridade) em um símbolo comercial, talvez pela demasia de lembretes de que a data se aproxima, talvez por causa da voz da Simone cantando Então é Natal - John Lennon não sabia que suas War is Over (com suas inúmeras versões) e Imagine se tornariam clichês natalinos quase que banalizados. Por que cargas d’água todo ano os entusiastas do Natal usam essas mesmas músicas pra vender seus peixes?! Enfim, não sei mesmo o que me leva a não gostar, talvez, ainda, seja pela forçação de barra (se algum apaixonado pela língua madre se ofender com o meu "forçação", desculpe, me dei conta de que não faço a menor idéia de como se escreve e meti duas cedilhas).

Quando era criança, passávamos o Natal na casa da minha tia, com toda a família, mas acho que não entendia direito a razão daquela festa que tinha que se esperar até meia-noite para comer as frutas secas (que na minha família só aparecem nessa época mesmo). Conforme fui crescendo fui aprendendo sobre o simbolismo da data e vi que tudo aquilo fazia ainda menos sentido. Hoje não vejo praticamente sentido algum, mas mesmo assim me vejo presa à noite do dia 24 e madruga do dia 25 com a família.

Pelo bem da verdade, tenho que dizer que há coisas que me agradam no Natal. A decoração, por exemplo, gosto das luzes nas ruas, nas casas, nos prédios, etc. Por isso coloquei até um pisca-pisca Ching-Ling (leia-se made in China) aqui em casa para enfeitar. E a rabanada! Adoro rabanada e só dá pra fazer rabanada apropriadamente nessa época do ano (já tentei com pão dormido, mas não fica igual). Presentes podem ser dados/recebidos em qualquer data, então não entram na lista de coisas peculiares ao Natal que me agradam.
Ah, mas se você é uma das pessoas que gostam, já te desejo, bem antecipadamente, um feliz Natal.

Só sei que nada sei

Eu não sei. E não sei também porque as pessoas não gostam, têm vergonha, medo ou coisa parecida de dizer que não sabem. Assumir não saber não é covardia, pelo contrário, é verdade. E verdades deveriam ser vistas como coisas positivas. Claro que estou falando das minhas verdades e não das verdades alheias. Cada um tem sua própria verdade e acreditar na verdade dos outros é uma das piores mentiras!
Não acredito em verdades absolutas, por isso me dou o direito de mudar de opinião daqui a cinco minutos. Acredito que cada um tenha o direito de acreditar ou não no que bem entender. Acredito no respeito e na liberdade como maior bandeira. Somos livres? Se não somos, seremos quando acreditarmos em nós mesmos antes de acreditar em fatores externos.
Claro que quando você souber a resposta, tiver certeza, responda com toda a sinceridade. Mas quando não souber, não se envergonhe de dizer que não sabe.
Eu não sei. E resolvi escrever isso aqui hoje, porque já postei tantas vezes, em tantos lugares diferentes sobre as coisas nas quais não acredito que achei legal falar sobre o que acredito, a verdade. E a minha verdade é assumir que não sei tudo e que ainda tenho muito o que aprender.


Ouvindo enquanto digito: Radiohead - High and dry

Da série "poemas da minha adolescência"

Cupins fizeram a festa em uma de minhas gavetas. Por esse motivo, tive que tirar tudo do armário para tentar uma inútil dedetização local. Digo inútil porque o armário do meu quarto é feito com a tal da madeira que os cupinzinhos miguxos não gostam, por isso eles invadem o armário, como se fossem os detestáveis militantes do MST à procura de terra improdutiva, quero dizer a procura de alimento, que no caso são as roupas e papéis que estavam dentro do guarda roupas, já que a madeira eles se recusam a comer. Ou seja, os cupins provavelmente estão na alvenaria, vulgarmente falando, no tijolo ou no subsolo e não no meu armário! Não adianta nada dedetizar só ali.
Mas essa lenga-lenga foi para dizer que por conta de ter que esvaziar o armário, encontrei coisas que nem sabia mais que existiam, entre essas um caderno antigão com as páginas já amarelando-se. E nesse caderno estava o poema que segue, escrito em 28/06/05. Tá bom, eu já nem era mais adolescente nessa época, mas o título do post fica esse mesmo...


Os meus grandes ídolos do rock

Não acredite na verdade
Ele nuna amou, mas sabia o que era o amor
Vem comigo pra chuva
Morde o meu pulso e chupa meu sangue
Faz um verso infantil se tornar erótico
Eu te dou um cheque em branco num beijo
Todo mundo se machuca
e todo mundo chora
Você tem medo do escuro
Ela se jogou da janela
Mas a culpa não é sua
É só uma forma de mostrar força
Tem que saber esperar a hora certa
Você precisa de um pouco de paciência
Um mergulho na praia te liberta de todo esse peso nas costas
Tome um porre, deite na grama
Fique olhando as estrelas
Você vai encontrar o seu próprio caminho
Não coloque seus sentimentos nas minhas mãos
Porque eu e você, nós seremos eternos.