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Sete músicas aleatórias que contam histórias interessantes


Gosto de músicas que digam algo. Nem sempre algo brilhante, é claro, porque não sou intelectualóide a esse ponto e acredito que a estupidez diversão também é necessária (Não só de informação -útil- vive o homem...). Este é um post aleatório, com músicas aleatórias. Até porque, sempre que faço listas, depois de prontas, me pego pensando "faltou essa, faltou aquela e aquela outra...", principalmente quando é algo feito na madrugada-cansada-mas-insone.

Seguem então sete músicas surgidas aleatoriamente na minha cabeça, que contam histórias (que eu acho) interessantes:

Faroeste caboclo - Provavelmente, os odiadores de Legião Urbana nem lerão este post só por ter mencionado a banda "de Brasília". Quando criança (eu e essa minha eterna nostalgia!), gostava de ouvir os discos do meu primo mais velho e essa era uma das músicas que mais gostava. Tudo porque era uma narrativa bem primária, começo meio e fim (mas se olhar mais de perto a história é bem mais complexa). Como sempre gostei de uma história, a saga de João de Santo Cristo é uma das minhas primeiras memórias musicais (o disco em questão foi lançado quando eu tinha uns três anos de idade).



Michelle, ma belle - Cresci ouvindo a lenda de que, após uma turnê dos Fab Four na França, Paul havia se apaixonado por uma francesinha milionária chamada Michelle. Como a guria não tinha dado muita bola pra ele, resolveu então fazer uma música para ela, com versinhos fofos para paixões (quase) bilígues e arrematando com um "I'll say the only words I know that you'll understand". Recentemente, os lusitanos tentaram jogar minhas crenças na vala, mas, mentira ou não, ainda assim prefiro a primeira versão da história.



She Came In Through The Bathroom Window - E se falei de beatles, como não lembrar da surreal She Came In Through The Bathroom Window? Feita após uma vivenciarem a história da fã que faz loucuras pelo seu ídolo, inclusive entrar no hotel onde ele está hospedado pela janela do banheiro. Mais uma pra série Paul arrebata(va) corações.



Vital e sua moto - Os Paralamas foram outra banda dos anos 80 que ouvi bastante (desta vez influenciada por uma fã do power trio conhecida pela alcunha de senhora minha mãe). Também gostava muito de motos (oi, Barbie!) e Vital representa(va) liberdade pra mim.



A história de Lily Braun - Uma das "histórias musicais" mais bem escritas. E nesse ramo, Chico Buarque (goste você ou não) poderia ter vários posts somente sobre suas composições.
Lily Braun, uma "dançarina da noite", se apaixona por um de seus espectadores mas logo se vê derrotada pelo conservadorismo e pela rotina. Uma das armadilhas do cupido? Fiquei com vergonha de dizer que gosto da versão da Maria Gadú.



No rancho fundo - Rá! Quer melhor contador de história que um sertanejo? Minha vó gostava muito desse música e a pequena criança pertubada aqui confundia rancho com gancho (gancho por essas bandas, pra quem não sabe, é uma espécie de lugar para pesca artesanal). Independente dessa minha pequena pertubação infantil, e deixando de lado o fato de não ser fã de música sertaneja e ignorando os estridentes falcetes da dupla Chitãozinho e Xororó, não deixa de ser uma música bonita.



Wonderful tonight - E foi depois dessa que eu quis saber a história por trás de todas as músicas. Os brutos também amam e o Clapton resolveu narrar uma noite em companhia de sua amada. Acho lindo.



13 discos que me fisgaram pelo título

Alguns discos, filmes, livros e músicas chamam minha atenção pelo título. Às vezes são tão bons quanto o nome que receberam (ou melhores), já noutras não correspondem às minhas expectativas e deixam o gosto quase amargo que só quem espera mais de algo sente. Numa madrugada insone e insana, resolvi preencher esse espaço que poderia ser usado para coisas bem mais úteis para citar aleatoriamente alguns dos títulos que acho bacanas nos discos nacionais e expor minha visão estrábica, e recheada de chichês, dos mesmos. Uma dessas listas previsíveis e que não contribuem com absolutamente nada, mas que eu me amarro. Oh, doce ócio! Vamos a ela:



Jesus não tem dentes no país dos banguelas - Titãs

Eu tinha três aninhos e a banda que lançou Cabeça Dinossauro (outro disco) horrorizava minha mãe (que nunca gostou dos Titãs). De qualquer forma, a frase Jesus não tem dentes no país dos banguelas resume o trabalho do pessoal que vende água do Rio Jordão nas madrugadas da TV: fabricar um deus à imagem e semelhança do seu público alvo.


O sorriso do gato de Alice - Gal Costa

Durante anos eu acreditei que o nome do disco era "O sorriso no rosto de Alice" e admirava a Alice: ela vive num sonho. Para alguns uma iludida, para outros uma sonhadora e outros, ainda, uma doida. O que os julgadores não veem é o sorriso no rosto de Alice. Vivendo loucamente, ela é feliz. Mas não passava de um gato debochado!


Cantada - Adriana Calcanhotto

Levando o nome de uma das suas 15 faixas, esse é o disco que eu daria de presente se tivesse muito afim de alguém que valesse muuuuuuito a pena.
Até porque, no meu conceito, alguém que vale a pena gosta de ouvir Adriana Calcanhotto (entre outras coisas fundamentais).


Estudando o pagode - Tom Zé

Diante de tantas discussões acadêmicas sobre a obra de Chico Buarque, surge Tom Zé sugerindo jogar luz sobre o lado mais popularesco do pagode. No mínimo inusitado.


Um show de noventa centímetros - Nelson Ned

A gravadora achou legal fazer uma brincadeira (que o politicamente correto de hoje acusaria de mau gosto) com a baixa estatura do cantor e ele levou na boa, já que seu mote era justamente esse.


Nós vamos invadir sua praia - Ultraje a Rigor

Quando eu era criança, a caminho da praia meu primo ia cantando, e nos fazendo cantar, o hit do Ultraje. Do resto da letra eu nem queria saber, só sabia que nós iamos "invadir" a praia (que era "particular", logo não havia ninguém lá além de nós mesmos), num ato "transgressor" da minha infância.


Eu Sou Feio... mas Sou Bonito! - Wander Wildner

Vinícius estava errado e beleza não é tão fundamental assim? Um título que mostra a importância do triângulo "amor, inteligência e riso". Ademais, eu acho o disco realmente bom (mas meu bom gosto musical é muito "só meu" às vezes).


Dos meus braços tu não sairás - Nelson Gonçalves

Mais uma lembrança da minha infância. Minha vó tinha uma estante cheia de discos (e livros) e eu adorava mexer neles (nos livros ela não deixava, só em alguns poucos). Entre os discos da minha vó, esse tinha o título que eu mais gostava. Me passava uma ideia bonita de carinho e afeto e me fazia acreditar que o sapo encantado existia.


Ouça o que eu digo, não ouça ninguém - Engenheiros do Hawaii

Redundantemente Gessinger (e isso é bom).


As próximas horas serão muito boas - Cachorro Grande

Esperança oferecida em bandeja de prata a quem tem vontade de gritar.


Barulhinho bom - Marisa Monte

Sabe quando você procura uma música totalmente despretensiosa? Então você está à procura de um barulinho bom.


Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor - Bidê ou Balde

Ou eu projeto demais, ou a primeira impressão é de que virá (viria) música boa.


Eu, você e o sofá - Odair José

Para provar que os gaúchos do Bidê ou Balde estão errados.


Poderia incluir também o Quatro, do Los Hermanos. Diante de tanta gente que batiza o quarto disco de As quatro estações, o deles é o número 4 e ponto final. Xegundo Xou da Xuxa entraria na lista de títulos bizarros.


P.s: Da Marisa Monte também tem o Memórias, crônicas e declarações de amor.
P.s2 (que não é o cosole da Sony): O disco O Sorriso do Gato de Alice, tem a música mais bonita na voz da Gal (na minha opinião), Nuvem Negra.

Ouvindo: Bad Religion - Infected

Se o amor é uma merda, ainda bem que existem as músicas de fossa


Todo mundo já teve seus dias de fossa. Nesses dias, andamos de mãos dadas com o brega e qualquer música de novela do Manoel Carlos faz a gente chorar. Se esse não é o seu caso, é o meu. Tem gente que procura logo algum jeito de sair da fossa. Eu não. Da mesma forma que se entra na fossa, se sai dela naturalmente. É algo que todo mundo tem que passar na vida, uma espécie de ritual. E para passar os meus dias de fossa, nada melhor que uma musiquinha, já que o ditado popular diz que quem canta seus males espanta. Curto minha fossinha com músicas apropriadas para entrar no clima e que no fundo acabam ajudando a sair dela também.
Então, aí está a lista que não é esperada por ninguém mas mesmo assim eu quis postar: minhas atuais 10 músicas preferidas para momentos de fossa (não necessariamente nessa ordem). Aperte o play se desejar cair na fossa comigo (não que eu acredite que alguém vá ouvir as dez).

Cat Power - She's got you


Amy Winehouse - Love is a losing game

Bat Fort Lashes - What's a girl to do

Gal Costa - Nuvem negra

Cássia Eller - Por enquanto

The Smiths - Please, please, please let me get what I want

Fernanda Takai - Você já me esqueceu

Los Hermanos - Sentimental

Mademoiselle K - Jalouse

Ximena Sariñana - Mediocre