Considerações sobre o estupro

Se bem que eu não sei se esse foi o caso mais repugnante dos últimos meses, já que não faz muito tempo, nos E.U.A uma adolescente teve que pedir desculpas (!) por ter sido estuprada por um membro da mesma igreja que frequenta(va). Invés do apoio da comunidade religiosa, ela foi obrigada a pedir desculpas à congregação por ter provocado tais desejos no estuprador! Dá pra dizer que foi estuprada duas vezes, fisicamente pelo criminoso e moralmente pela
No Canadá um policial declarou que as mulheres são estupradas porque se vestem como putas (e isso gerou um movimento
Quando fui procurar os links das notícias para essa postagem, me impressionou a quantidade de sites pornôs que surgiram na busca. A categoria rape existe em diversos sites dedicados à pornografia. Um fetiche sádico. Há um incontável número de pessoas que se excitam ao ver um estupro e porque o sexo, em pleno 2011, ainda é visto como tabu pela sociedade, pouca gente conversa sobre isso. Podem achar que sou conservadora demais, mas fazendo uma ligação entre as diversas “piadas” (contadas desde sempre) com o tema, o fato de sermos criados ouvindo coisas como dizer-não-é-dizer-sim (atire a primeira pedra quem nunca escutou alguém dizer que fulana diz que não, mas quer, só tá fazendo doce), o conservadorismo machista que ainda impõe que homem tem que provar sua virilidade, o culto à mulher objeto e os tabus religiosos, não sei se chegaríamos a outro resultado (sem contar com a crença que muitos tem de que o desejo sexual do homem é maior que o da mulher).
Esse é o crime com o maior aumento de ocorrências nos E.U.A. A cada duas horas um caso de estupro é registrado no estado do Rio. No interior de São Paulo os crimes de estupro aumentaram 17%, na Bahia o aumento foi de 36%. Experimenta colocar estupro na busca de notícias do Google nas últimas 24 horas. O número de reportagens para um único dia é espantoso.
O estupro por si só já é um crime repugnante. E como se isso não bastasse, é comum que ele venha com um acompanhamento que consegue o transformar em algo ainda mais doloroso: em muitos casos se coloca a culpa na vítima (o que não ocorre se a acusação de estupro tiver fins políticos).
Mas o pior nisso tudo é que o crime é tão comum que nesses poucos minutos que você perdeu lendo esse texto, várias mulheres foram ou estão sendo estupradas. Grande parte dos criminosos ficará impune.
Seja feita a vossa vontade

Na ocasião, depois de diversos debates, após conhecer os argumentos de quem era contra e de quem era a favor e várias discussões em mesas de bar e em almoços de domingo com a família, a sociedade brasileira decidiu que a venda de armas não fosse proibida e que maior rigor nas regras para porte/compra bastavam.
Na minha opinião e análise simplista, quem compra uma arma pretende atirar (em alguém) e quem atira ou é polícia ou é bandido. Não vejo meio termo, é simples: se você não é bandido nem polícia, nem mora no Pantanal e tem que se proteger da Juma, não deve ter uma arma. Por isso, e por outros motivos e estatísticas que não preciso colocar aqui, em 2005 votei pela proibição das armas. Vindo de alguém que cresceu com O menino do dedo verde na estante (não, o livro não é sobre dorgas), essa opinião não deve surpreender.
Após a tragédia na escola em Realengo, minha timeline se inundou de gente fazendo a mesma pergunta: estão lembrados dos argumentos do “Não” no plebiscito do desarmamento? E assim, movido pela comoção nacional, o assunto voltou à tona.
Só tem um porém: quem defende que haja um novo plebiscito são as pessoas que votaram “a favor das armas” e se arrependeram ou quem perdeu e quer aproveitar um momento oportuno para tentar outra vez? Se foi dada à população o poder de decisão direta, o voto da maioria deve ser respeitado. É o que entendo por democracia. Digo isso porque se eu fizesse (e se num futuro referendo sobre outros temas eu fizer) parte da maioria, gostaria que meu voto valesse alguma coisa. Do contrário, a realização de referendos só serve para gastar dinheiro público e colocar alguns nomes políticos
Resumindo: Sou contra a venda de armas por n motivos e sou contra que o “cidadão comum” tenha direito ao porte, mas também sou contra que uma decisão popular tão recente seja tratada como algo sem valor.
Plebiscito não é A Lagoa Azul, não é para ser repetido a toda hora. Se o povo assim decidiu, que seja feita a sua vontade.
Letuce - Tuna fish
Atualização (03:40 am)
Do querido e insone Matheus Vasconcelos, por e-mail: "O que tivemos em 2005 foi um referendo. Plebiscito ocorre quando a população é convocada para decidir algo, antes da decisão do governo. No referendo, a população é convocada para decidir se concorda ou não com uma decisão já tomada".
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Saí do trabalho e parecia que tinha entrado num filme. O comércio do centro da cidade quase completamente fechado, apenas alguns poucos estabelecimentos continuaram funcionando em horário normal. Das poucas pessoas que estavam nas ruas, a maioria estava com celular nas mãos, ligando para alguém ou esperando receber alguma notícia. A tensão estava lá, estampada na cara de todo mundo, e ainda está aqui (e com tantas outras pessoas). O que mais se via eram policiais. Polícia pra tudo que é canto, alguns com fuzil em punho, o que fez a tensão (essa entidade que se fez onipresente) se tornar ainda maior. Se alguém me contasse, eu não acreditaria.
Creio que os eventos de 2014 e 2016 estejam contribuindo para que o combate à criminalidade se intensifique no Estado da Guanabara, e na minha opinião esse é um dos pouquíssimos pontos positivos de sediar Copa e Olimpíadas. Mas enquanto esse combate não for pleno, enquanto não houver uma política de segurança pública que feche o cerco sem deixar espaço para que os bandidos migrem de uma área para outra, isso não terá fim. E, diga-se de passagem, estas áreas são as mesmas onde os governantes só pisam na hora de buscar votos e é justamente por isso (ausência do governo) que são usadas pelo tráfico, que decide até cor e marca das roupas dos moradores (sim, pasme!).
Concordo que as Forças Armadas não estão preparadas para entrar nessa guerra, mas a pergunta que fica é: algum dia estarão? Digo isso porque esse conflito não começou ontem, se arrasta por décadas! E durante todos esses anos as forças armadas não fazem parte dos planos políticos para lutar a guerrilha que temos aqui, quer seja na linha de tiro propriamente dita, quer seja na logística, quer seja na fiscalização de portos e fronteiras (ao meu ver, a raiz desse mal). O que vemos é o contrário: bandidos usam armamento que deveria ser exclusividade do Exército e bandidos que anexam (não por mera simpatia) a sigla PQD ao nome. Quando as Forças Armadas serão usadas para nos defender e não para nos atacar? Não estavam preparadas para nos defender ontem, não estão hoje e não estarão depois de amanhã.
Voltando à tarde de hoje, Capitão Nascimento e Jack Bauer só existem na ficção e eu não tinha entrado num filme, era real.
Estou em Cabo Frio, cidade do interior, e hoje senti medo. E não foi de barata. Agora há pouco, mais um carro foi queimado na periferia da cidade... E a vida continua como der.
Felix Mendelssohn - Seis: Canções sem palavras
Pois é...
A fábrica das próximas gerações

Na conversa, ele questionava sobre a educação que um policial corrupto dá aos seus filhos, mas o Jô não estava muito interessado em falar sobre isso, queria que ele falasse sobre a Alessandra Negrini. Me lembrei dessa entrevista na semana passada. Tava no ônibus, indo pro trabalho, acabei ouvindo a conversa de dois meninos que estavam na poltrona de trás:
- Porque não pegou pra você?
- Meu pai vai me dar um novo. Se ele não me der, eu arranho o carro dele.
Também no mesmo ônibus, duas mulheres de aproximadamente 40 anos reclamavam dos estudantes (que por lei viajam sem pagar passagem) sentados enquanto havia pagantes em pé. Reclamação justa. Mas nos horários em que não há estudantes e o ônibus está cheio, essas mesmas pessoas não levantam para ceder seus lugares para idosos, grávidas, deficientes ou pessoas com bebês no colo. Adivinha o que elas são? Mães e pais de estudantes que não levantam. Os estudantes, muitas vezes, tomam seus pais como exemplo.
Aí se encaixa a observação feita pelo Otto. O que será das próximas gerações com atores tão ruins no papel de pais? Que tipo de valores essas pessoas tem capacidade de passar para seus filhos? As pessoas querem ter filhos mas não querem a responsabilidade de educar, acham que podem passar essa bola para a escola, para a igreja, para a televisão, para o governo... E o pior é que isso é um ciclo vicioso, acho que a tendencia é piorar porque esses filhos mal educados (no sentido literal da expressão) vão ter filhos que serão ainda piores.
Tem gente que devia ser proibida de ter filhos.
Porquices
Sou totalmente a favor de multa pra quem joga lixo no chão, o que já acontece em algumas cidades de países europeus, aplaudo de pé o decreto do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que manda prender os mijões de rua (acho ainda que deviam ser multados). Dizem que educação se traz de casa, mas quando isso não é uma realidade acho corretíssimo que o governo tome medidas punitivas. Claro que também tem que ter lixeiras decentes nas ruas, banheiros químicos, etc. Mas até quando o governo providencia tais instrumentos, vejo muita gente que, mesmo estando há poucos metros de uma lixeira, não se dá o "enorme" trabalho de jogar o lixo onde se deve.
Na praia então, isso se agrava monstruosamente. Cara, se você for na praia e pretende consumir algo por lá, leva uma sacolinha pra colocar o seu lixo! Andando poucos metros pela areia se encontra desde cascas de côco, palitos de picolé, latinhas de refrigerante e cerveja, pacotes de biscoito, copinhos de plástico, escatologias diversas e algumas coisas indefiníveis. Tudo largado na areia, quando não preferem enterrar. E o pior é que não é só aqui que isso acontece, em tudo que é canto tem pessoas sem a consciência de que são responsáveis pelo lixo que produzem.
Tá certíssimo. E acredito que chamar essa gente de porca deve ofender os pobres bichinhos.
Amor urgente
Rá! Se você é um dos
Antigamente a promessa era trazer o seu amor de volta em 7 dias, depois baixou para 5 dias, caiu para 3 e agora, finalmente, são apenas 5 horas. É o avanço da tecnologia: há alguns séculos a pessoa era trazida pelo caixeiro viajante (levava 7 dias para chegar), depois passou a vir pelo correio (5 dias), daí inventaram o Sedex (no máximo 3 dias) e agora que estamos na era da Internet, a pessoa "amada" volta em 5 horas, que é o tempo necessário para fazer o download de um pacote dessa importância.
Muita gente paga por esses serviços, então se você tem espírito empreendedor não perca tempo, invista com tudo no Macumba On-line. É o empreendimento do futuro. A Anatel já anunciou que a partir de 2010 a velocidade da Internet em todo o território nacional será equevalente à de países de primeiro mundo. Dessa forma a pessoa amada voltará em apenas 5 minutos. (Pra onde vai o charme da conquista? Não sei.)
Independente de eu não acreditar que essas coisas funcionem, tenho um certo medo dessa gente que de tão carente, se fosse possível, seria capaz de "escravizar" alguém só pra não ficar sem companhia. Pra mim isso é doença e se você, querido estranho, pagaria, está pagando ou já pagou por isso, desculpe minha sinceridade, mas acho mesmo que você deveria usar esse dinheiro pra pagar um psiquiatra. Infelizmente não daria pra você comprar amor próprio também, já que este não consta nas prateleiras.

Quanto a mim, continuo querendo a sorte de amores tranquilos.
Panorama animador

Policial que estava de folga foi à praia armado (no sentido literal da coisa, gente inocente), na saída reagiu a um assalto e acabou atigindo acidentalmente um aposentado que jogava baralho no calçadão.
Cabine da polícia é assaltada (ironia das ironias?). O suspeito do roubo é um ex-policial.
Soldado da Aeronáutica é preso acusado de ser assaltante.
Bandidos atingem helicóptero da polícia usando armamento de uso exclusivo do Exército. Secretário de Segurança diz que o serviço de inteligencia havia previsto que isso aconteceria.
Em São Paulo, policiais militares atiram em policial civil.

Vendo que a coisa estava difícil, Mariazinha resolveu que o melhor a fazer era rezar. Procurou a igreja mais próxima, mas logo procurou outra porque a promessa divina nesta era de magrecer cinco quilos a cada oração. Foi aí que entrou numa missa presidida por dois padres, um suspeito de pedofilia e outro acusado de atropelar um jovem após dirigir embriagado. Não se sentiu muito confortável e acabou parando numa igreja que prometia a solução para todos os problemas, inclusive o do violência urbana, bastava apenas que ela aceitasse Jesus, se tornasse uma dizimista fiel e desse uma contribuição voluntária para uma campanha, que poderia ser parcelada em até 10 vezes no cartão.

Achou melhor voltar pra casa e teve um certo medo no caminho quando soube que tinha pego uma van ilegal e que o cara que dirigia sequer tinha carteira de motorista. Ela não quis ir de carro porque está cada vez mais difícil encontrar um lugar pra estacionar e não foi de ônibus porque parece estar na moda atear fogo nesse tipo de transporte coletivo.

Chegando ao lar, pensou em escrever uma carta exigindo dos políticos uma medida efetiva contra a criminalidade. Desanimou ao olhar para o jornal que estava em cima da mesa e ler que seu deputado era acusado de nepotismo, sonegação de impostos, evasão de divisas, entre outros crimes.

Ligou a tv e por mais que mudasse de canal só achava programas catadores de tragédia e fofoca sobre pseudocelebridades . Mariazinha achou melhor desligar a televisão ao ver que as matérias produzidas pela repórter Kelly Key (pra que diploma, não é mesmo?), sob a orientação do diretor Alexandre Frota, eram o principal chamariz de toda a programação.

Decidiu que o melhor mesmo era criar um clima de romance e pra isso nada melhor que um vinhozinho e filme. Abriu a revista para ver qual era a melhor opção em cartaz nos cinemas, foi até seu computador com Windows pirata e fez o download ilegal do blockbuster. Aproveitou que seu marido tinha saído para trabalhar e chamou Zé Martelão, com quem trai o esposo há 3 anos.
Depois de tórridas horas de sexo com seu amante, finalmente Mariazinha dormiu o sono dos justos.
Homem ao mar? Não, Cristo ao mar!
A brilhante idéia é uma parceria com o governo de Gênova, na Itália, onde já existe a tal imagem há anos. Com a iniciativa, Cabo Frio
A imagem, além de seu conteúdo supostamente turístico, também pretende prestar uma homenagem às vitimas de naufrágios e outros tipos de morte por afogamento. Às futuras vitimas fica o "conforto" de saber que sem dúvida nenhuma encontrarão Jesus ao se afogarem nos mares cabofrienses.
O interessante é que quando vi a foto da imagem italiana pela primeira vez, a impressão que tive foi que ela passa uma mensagem de "Ó Pai, por que me abandonastes? Me tire daqui!". No mito bíblico, o Cristo anda sobre as águas, acho que alguém confundiu sobre com sob.

Aproveitando o post, também quero anunciar que saiu a edição de inverno da Revista Sunshine. Trabalho mais uma vez muito bem feito pelo Rubyers e colaboradores. Vocês podem fazer o download da revista clicando aqui, clicando na imagem que está aí em baixo ou indo no blog do Rubens Medeiros. Pra quem não conhece, a Sunshine é uma revista
Ouvindo: Arnaldo Antunes - Socorro
Update em 16/07/2009, às 21:43
Este blogue ainda está vivo
Mas como atravesso um período de total improdutividade, aproxima-se o inverno e eu já estou ibernando, sobre o que eu poderia escrever? Óbvio! Falta cerca de um mês para o dia dos namorados.
Será que você tem um par passar esse dia? Não sei. Mas se estiver à procura, vê se escolhe direito, pô!

Porque tem gente
Eu sigo achando que a função da data é aquecer o movimento dos motéis e restaurantes... Mas se você tem seu amorzinho, aproveite. Não custa nada fazer um agradinho, dar um presentinho, uma surpresinha, enfim...

Ouvindo: RHCP - Soul to squeeze
Deus lhe pague!
Foi aí que o refrão da música do Kid Abelha passou a ter outro significado pra mim: deus, por favor, apareça na televisão (porque os que dizem falar em seu nome, vão acabar queimando o teu filme).

Lulu Santos - Melô do amor
Cássia Eller e Hebert Viana - Mr. Scarecrow
Marisa Monte - O bonde do Dom
Propaganda gratuita em tempos de crise

Então, movida pela minha curiosidade, fui no site da grife italiana Relish, vi as fotos, assisti ao making of e... não vi nada demais. Vi até de menos, já que não parlo um pio de italiano e o site deles não tem versão em inglês. Geeente, até o Geraldo Magela vê que a campanha brinca com um fetiche! Se as nossas autoridades se sentiram ofendidas com a imagem negativa que a campanha pode passar da nossa polícia ou com a forma que a polícia brasileira é vista lá fora, a população há muito tempo se sente ofendida com a forma que é tratada pela polícia, com o status de impunidade declarada que certos "homens da lei" possuem e com governantes que não fazem nada para mudar isso.
Tem gente que tem fetiche por pés, encanadores, mecânicos, por cinta-liga, por virgens, por nerd's e pelas coisas mais doidas do mundo. Da mesma forma, tem gente que tem fantasias com agressividade, com homens latinos e com policias (homem fardado é, se não o, um dos maiores fetiches femininos). Acredito que essa tenha sido a intenção do ensaio, pelo menos essa foi a minha leitura (inclusive levando em consideração o nome da marca). Isso sem falar na questão da delinqüencia, que não raro vai parar nos editoriais de moda.



Não sei os mais antenados em moda, mas eu nunquinha que ouvi falar dessa tal de Relish! Pelo que suponho, é menor que uma Osklen da vida (adequando para as proporções da minha realidade). Conseguiram uma propaganda gratuita
Boletim: Amy não só continua viva, como agora também salva vidas! Yeah, ela é phodda!
Olhar para o lado
Então, o pessoal lá de SC, principalmente de Itajaí (cidade que ficou 97% - você não leu errado - coberta pelas águas das chuvas), está precisando muito de sua ajuda. Não sei como você pode ajudar... talvez possa fazer uma doação em dinheiro à Defesa Civil de Santa Catarina no Bradesco (agência 068-0, conta corrente 80.000-0) ou no Banco do Brasil (agência 3582-3, conta corrente 80.000-7), talvez possa enviar roupas, alimentos, brinquedos, material de higiêne pessoal, etc. (lembre-se que eles perderam tudo), talvez você não possa doar nem grana nem outras coisas, mas provavelmente você conhece alguém que pode, então divulgue. Divulgando você corre o risco de fazer com que mais ajuda chegue até lá.
Ah, já ia me esquecendo de dizer que tem vigarista querendo lucrar com isso, pedindo doações para contas que não são da DCESC (Defesa Civil do Estado de Santa Catarina)! Os números das contas que postei aqui foram retirados .
Se você puder ajudar de alguma forma, pode ter certeza, vai ter muita gente grata.
É cada uma!
Eu e meus vinte e poucos anos

Conversando sobre isso com um amigo, ele me respondeu com uma frase, que mais tarde descobri ser do Oscar Wilde: "Desconfiem da mulher que confessa a sua verdadeira idade. Uma mulher que diz isto, poderá dizer qualquer coisa." Sinceramente, com meu cérebro de melão, não entendi direito qual foi a dele com esse "desconfie"... Mas, deixando isso pra lá, qual o mal em ser sincera? Já disse que as pessoas sentem medo da sinceridade. Mas, sinceramente não entendo porque mulheres bonitas, inteligentes e que se dizem "bem resolvidas" mentem a idade. Porra, elas ainda são jovens! Seria medo do Renew?
Eu adoraria ter 21, mas tenho 24. Não adianta eu colocar no Orkut, no Myspace nem em algum outro lugar que tenho 21 porque isso não vai parar o tempo, nem alterar meu RG. Fico feliz da vida quando alguém me dá 22, mas não é por isso que vou sair por aí dizendo que tenho 22. Acho que fica até feio.
Lembro que quando fiz 20 anos fiquei temporariamente neurótica, escrevi uma crônica (quanta presunção chamar aquilo de crônica!) chamada As rugas dos vinte anos e recebi de volta uma série de elogios, além de uma página de revista (sim, ele recortou a revista e me deu a página - hahaha - achei singelo)que continha uma crônica chamada Ah, as mulheres de vinte!. Encheu minha bola, nunca mais reclamei dos meus vinte e poucos anos.
Se, sei lá por qual motivo, tem vergonha de dizer a verdadeira idade, ¿Por qué no te callas? Quando alguém me pergunta quantos anos tenho e , pelo mesmo motivo desconhecido, me sinto um tanto constrangida para dizer, mesmo assim digo a verdade, depois de um fanfarrão "já estou chegando na idade de não responder mais a essa pergunta...". Mas, apesar disso, quando tiver trinta e alguém perguntar, não vou dizer que tenho 28. Se o número incomodar, acho mais glam não responder, fazer uma piadinha, mudar de assunto, a mentir.
Oscar Wilde que me perdoe, mas acho que a frase correta deveria ser "desconfie de uma mulher que mente sua idade, se ela esconde até a idade pode esconder qualquer coisa". Será que um dia me tornarei assim? Meeeeeda! Já estou, praticamente, saíndo dos vinte e poucos para entrar nos vinte e muitos e não quero mentir pra mim mesma.
Raimundos - Vinte e poucos anos
Engenheiros do Havaii - Números
Paul McCartney - When I'm 64
Quem são os corruptos mesmo?

Where did all the good people go?
Ainda tem gente que se surpreende quando me pergunta sobre algum programa de tv e eu respondo que não vi.
- Sabe a Glaucicleide da novela?
- Não, não assisto.
- Nããããããããoooo?!
Pois, é. Eu assisto muito pouco. E para falar a verdade, a maioria das vezes que ligo a televisão é para assistir um dvd, um telejornal da madrugada, um seriado. E não estou dizendo isso para me fingir de cult. De fato a televisão perdeu boa parte de seu espaço na minha vida com o advento da Internet. Mas de vez em quando me sinto na obrigação de assistir algumas coisas para não ficar totalmente alienada do mundo televisivo. Neste domingo fiz isso. Liguei minha tv, e comecei a mudar de canal, na esperança de encontrar alguma coisa que merecesse minha atenção. Pasma, não encontrei nada! Onde estão as pessoas que valem à pena ser assistidas, as que merecem ser entrevistadas em horário nobre? Não estão na telinha?
Acho que ampliei demais meu pequeno universo... devia ser como as outras pessoas que esperam pela Fátima Bernardes para saber o que está acontecendo do lado de fora da janela, que acham programas que ridicularizam minorias e vilipendiam a mulher engraçados, que não perdem os capítulos (atualizados diariamente) da vida das “celebridades” nos programas de fofoca e que, é claro, não perdem a novela. Isso é ser normal. E mais normal ainda é considerar esse tipo de programação como "entretenimento".
Acho que a tv se tornou um vício para determinadas pessoas, embora elas não percebam, ou não admitam. Foram controladas pelo controle remoto.
Da importância de escrever corretamente
Vai que amanhã você resolva fazer uma homenagem a alguém? Vai que amanhã você deseje se tornar um tatuador? Ou pior, vai que amanhã você receba uma singela homenagem como essa (clique na imagem para ampliar, se não estiver enxergando direito):

Esse post também poderia ser sobre a importância do lugar escolhido para se fazer uma tatuagem, se você não conhecer bem o tatuador...
Medo da verdade
Eu não sou a moralista, não estou condenando estas pessoas. Mas a sociedade os condenaria se se mostrassem como são. O rapaz que usa bomba, não seria tão bem aceito se fosse apenas fortinho ou se fosse magrelo mesmo, os rapazes magrelos não fazem muito sucesso quando vão à praia... por isso alguns deles acabam abandonando seu charme natural e preferem ficar fortões, para serem vistos com outros olhos.
As moças de cabelos cacheados... os cachos são tão bonitos. Mas elas não acham, preferem "ser lisas', talvez não seja tanto pela beleza do cabelo liso, mas pela praticidade. É só sair na rua, alguns nem precisam sair para encontrá-las (talvez você que me lê agora seja uma lisa, então eu digo para você: acho lindos os cachos, quisera eu ter chachinhos definidos a lá Maria Fernanda Cândido), alguns lisos se desmancham com água, outros não. Não sei porquê elas alisam, mas se fossem cacheadas ou crespas iam dizer que o cabelo delas não é "bom".
A senhora, mãe de família, que acha a vizinha imoral porque fala abertamente sobre sexo, que vai na missa todo domingo, que convida as amigas para um chazinho às quartas-feiras... o marido dela tem uma amante. Ela nem cogita a possibilidade de ter um, tampouco de largar o traste do marido, precisa manter as aparências. É infeliz, mas tem marido, e para alguns isso é o que importa: ter uma família, não importando se esta é feliz ou não.
O senhor endividado (que até poderia ser o marido da senhora citada anteriormente) contrai mais dívidas para trocar o carro por um zero. O outro carro estava ótimo, bem conservado, semi-novo, mas era um modelo do ano passado... todos os "amigos" dele trocaram de carro, ele se sentiu na obrigação de trocar também. Vai entender...
O funcionário padrão... o cara é considerado pelo patrão como um modelo para os outros funcionários. É pontual, responsável, ajuda os colegas de trabalho (dentro e fora da empresa) quando precisam de algo que esteja ao alcance dele. Mas será que pensariam tão bem dele se soubessem que quando o trabalho o estafa, ele disfarça, no fim do expediente vai ao banheiro escondido, depois que todos foram embora e fuma um baseado para tentar relaxar (aos moralistas: não estou fazendo apologia de nada aqui, ok?)?
Algumas pessoas só aceitam aquelas que são verdades artificiais e isso acaba fazendo com que outras passem a usar uma espécie de sinceridade sintética, seja no aspécto estético ou no intelectual.
A verdade: tão amada e tão odiada...

Recomendação de música: Radiohead - Fake plastic trees
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Merchan
A dona da casa

- Silvana Persan
- Pessoa do tipo que escreve sem necessariamente chegar à alguma conclusão.