Do ponto de vista da salada




Dado o conservadorismo, pode ter quem ache um tanto vulgar (oi, século XXI). Quero deixar claro que não tem nenhuma intenção homofóbica, feminista ou machista nessa historinha tosca (a primeira da série Salada sem nexo).

Ouvindo: Fuzzcas - Deveras

Um frufru confuso

Dizem por aí que só um novo amor é capaz de curar as feridas deixadas por um amor do passado. A lógica é que usam o veneno da cobra para fazer o soro antiofídico e para criar vacinas usam os próprios vírus. Mas quando se coloca o amor na condição de curável (como se houvesse uma caixa de Band Aid com formato de coração), já é porque não é amor e sim uma grande merda. Acredito no amor. Mas no amor de verdade e não no verborragizado por aí (te achei lindo, te amo).



O que isso tem a ver com o que vou escrever a diante? Nada! Ou tudo, não sei.
Ontem, depois que saí do escritório (isso foi após pedir demissão dando a justificativa de que está sol e eu quero ir na praia - sim, eu disse isso) passei na casa de uma amiga que mora lá perto. Fazia tempo que não via a mãe dela, que logo perguntou sobre um ex-namorado, por quê a gente tinha terminado e essas coisas. Acabou porque acabou, oras! As coisas tem começo e tem fim. Desimportando-se com minha falta de vontade explícita de continuar respondendo, ela arrematou com "e não está namorando por quê?". Muita gente faz essa pergunta, não só pra mim. É fácil encontrar alguém que já ouviu um "por que você não está namorando?". Sabe? Eu, essa moça tradicional (cof cof), não acho que namorar seja algo micareta style. Nada contra carentes compulsivos, mas me soa falso namorar por namorar, parece algo só pra não ficar sozinho. Se você é um jumento e não entendeu, eu estou falando de relacionamentos duradouros aqui nesse papo de tia velha.
Pobre amor... caiu no banal se tivesse caido no bacanal podia ter se divertido, pelo menos. E já caiu lá faz tempo, junto com tantas outras coisas.

Constatação 1: Eu sou uma pessoa antiquada.
Constatação 2: Eu sou uma pessoa que se perde nas palavras.
Constatação 3: Fiquei mais velha essa semana e isso talvez explique minha perda gradativa de memória (não, não fumo maconha) e os outros dois itens acima.


Ouvindo: Arnaldo Antunes - Vem cá (até coloquei na barra lateral)

Os livros na estante

Dizem que os brasileiros lêem pouco. Saiu uma pesquisa há um tempo que dizia que a média é de 4,7 livros por ano, o que dá praticamente 5. Claro que é uma pesquisa por amostragem e tal e que isso significa que alguns lêem muito e outros tantos não lêem nada.
Naquela velha história de promessas para o ano novo, eu me comprometi a ler 12 livros em 2010, um pra cada mês. A idéia não é passar exatamente um mês lendo cada livro, só pra ficar bem claro. Tanto é que terminei de ler o primeiro escolhido, Os crimes de Napoleão, em meados de janeiro e daí emendei logo no livro "de fevereiro", Eu não sou cachorro, não - Música popular cafona e Ditadura Militar.
Os dois primeiros escolhidos estão relacionados à História. Os Crimes de Napoleão, de Claude Ribbe, fala sobre o relacionamento de Napoleão com a escravidão nas colônias francesas. Eu não sou cachorro, não, de Paulo César de Araújo, como o próprio sub-título já deixa claro, é sobre como os artistas da brega music se relacionavam com a Ditadura Militar e vice-versa.
No decorrer da minha tarefa literária, pretendo ler O filho do pescador, de Teixeira e Souza porque eu devia me envergonhar de nunca ter lido! Pra quem não sabe, O filho do pescador inaugurou o Romantismo no Brasil, sendo o primeiro romance escrito nas terras tupiniquins. Eu já devia ter lido porque o autor, Teixeira e Souza, é meu conterraneo (viu? Cabo Frio não é só praia, sol e sal...) eu acho MESMO que a gente tem que conhecer a história do lugar onde mora, do mundo, do país, do estado, da cidade, da família (a gente mora na família? rs). Não tem conhecimentos gerais? Toda pessoa que se preza tem que ter conhecimentos locais também. Gosto de ler. Leio mais que a maioria das pessoas que conheço, mas no ano passado só li uns 5 ou 6 livros, o que é pouco se considerar que às vezes leio mais de um livro ao mesmo tempo. Essa é uma tentativa de reverter o placar.

Mudando de assunto sem mudar de assunto, outro dia estava lendo a coluna da Fernanda Torres na Vejinha (xiiii... citei a Veja, tem gente que parou de ler aqui por causa disso) e ela falava sobre sua relação com os livros. Quando criança não era muito chegada. Tudo porque nos tempos de escola as professoras ofereciam leituras tão desinteressantes que ela, criança, passou a acreditar no clichê de que ler é chato. Tempos depois encontrou um livro mais adequado aos interesses da sua idade e a leitura passou a ser um hábito constante e prazeroso.
Na hora eu disse pra mim mesma: Porra! Eu sempre pensei igual a ela! Penso de acordo com o meu projeto pedagógico a teoria de que usar Catherine Millet e outros autores de literaputa nas aulas de Literatura faria os adolescentes e pré-adolescentes se interessarem muito mais pela leitura. Por que? Simples: porque sexo é um assunto que desperta o interesse. Mas os professores acham mais bacana, acham que os alunos vão se interessar mais, se eles levarem Machado de Assis, com seu atravancado Dom Casmurro, ou histórias tristes de bicho que morreu, mulher oprimida pelo marido, criança chorona, etc.
Não quero passar a impressão de que sou contra o uso dos clássicos em sala de aula. Só acho que se a escola é um dos responsáveis pela formação do leitor, ela tem que oferecer assuntos de interesse dele, ou pelo menos usar a linguagem que ele fala.
Eu não acredito nessa historinha de "eu não gosto de ler". Pra mim não existe pessoa que não goste de ler, existem pessoas que não se interessam por determinados assuntos ou pela forma que eles são expostos (posts prolixos como os meus, por exemplo, podem ser muito chatos). Ler é pura e simplesmente decifrar códigos, você faz automaticamente. Quando você vê um cartaz, automaticamente lê o que está escrito, gostando ou não, o que te faz se aprofundar na leitura é o interesse ou a obrigação. Interesse pelo tema, pelo autor, por impressionar alguém talvez. O prazer de ler não está na leitura, mas no que se está lendo. Fico besta de ver como os "profissionais da educação" não se ligam nisso!
Ok, ok, eu me rendo, sei muito bem que por causa de certos pais e por causa dos diversos tabus e pudores da nossa sociedade não dá para a escola aproveitar tanto os hormônios em ebulição pra formar novos leitores. Mas não poder usar nem um pouquinho de sacanagem em sala de aula é muita sacanagem! E nem se trata de sexo, grande parte dos professores não sabe nem quem é a Thalita Rebolças (tudo bem não saber se você não leciona para crianças e adolescentes), é falta de vontade mesmo.

E se você é uma dessas pessoas que acha que livros são chatos, é bem provavel que esteja enganado. Apenas falta encontrar o livro certo.
Então isso é o que desejo em 2010: leitura, bastante leitura.

Ouvindo: Emily Loizeau - Je souis jalouse

Eu tive um sonho, vou te contar



Na noite passada tive um pesadelo sonho de cunho político. Dizem que os sonhos são uma pequena amostra daquilo que ocupa o nosso subconsciente. Sendo assim, a junção de Anthony Garotinho ao partido de Marcello Crivela e a última pesquisa de intenção de voto para o governo do Estado devem ter me assombrado de alguma forma.

O que sonhei foi mais ou menos isso (ilustrado em mais uma montagem bizarra mal feita por mim):
















Obs.:

1) Parece que eu tô zoando, mas sonhei com isso mesmo.

2) Para quem não sabe, o ex-governador Anthony Garotinho é conhecido por ter usado instituições religiosas para cadastrar e distribuir os benefícios sociais do governo (ou distribuir para quem já tinha algum cadastro nelas), invés de fazê-lo através dos órgãos oficiais do Estado, além de outras medidas beneficiando essas instituições (o que, se você não sabe, é ilegal dentro de um Estado laico).

3) UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) é um programa do atual governo que expulsa (expulsa; não prende, não mata, só expulsa. E quando se expulsa um bandido de algum lugar ele simplesmente vai para outro) os traficantes das favelas e implanta melhorias para os moradores.

Ouvindo: Manacá - O galo cantou

Post de Natal


Queridos, é Natal. Data em que se comemora o nascimento do consumismo nas crianças. Afinal, como dizem por aí, ninguém pode ficar sem presente nessa data, nem que seja uma lembrancinha.
E como às vezes a gente quer uma coisa mas acaba ganhando outra ou acha que ganhou uma coisa e depois percebe que aquilo não era como você achava que ia ser, este é o meu post de Natal.

Arnaldo Jabor, o astrólogo


Tava lá na minha caixa de entrada: os signos e a TV. Eu sempre abro esse tipo de e-mail porque sou chegada numa bobagem. Comecei a ler, até achei engraçado em algumas partes, mesmo sem acreditar muito nessa história de horóscopo. Aí veio o gran finale: "por Arnaldo Jabor". Matou!
Sim, o Jabor pode ter escrito um texto bobo sobre signos zodiacais, mas não era aquele. Principalmente porque sendo ele um cineasta, jamais escreveria cineastra (que deve ter algo a ver com documentaristas de vanguarda que filmam dentro do carro), além de outros errinhos menores e da estilística inconfundível.
Existem duas correntes principais nesse gênero. Tem os que desconhecem o autor e dizem que é de qualquer um e tem os escritores frustados que usam o nome de alguém para promover os próprios textos. Parece babaca. E é. Seria como eu assinar como Martha Medeiros. As pessoas acreditam em qualquer coisa que lêem mesmo.


Ah, claro. Se você acredita, se você acha legal ou se por algum outro motivo quiser apreciar o conteúdo do e-mail (que obviamente não é de autoria do Jabor):

Os signos e a TV

Áries: Vibra quando sai porrada no teste de DNA do Ratinho. Na verdade, ele mesmo já pensou em resolver o problema tem com um vizinho no Programa do Ratinho ou programa da Márcia Goldsmith

Touro
: Assite o programa do Amaury Jr., do Álvaro Garneiro e outros de gente esnobe.

Gêmeos
: Metido a besta que é, o geminiano assite filmes de um renomado cineasta francês só pra depois puxar assunto com você, porque ele sempre tem que falar alguma coisa.

Câncer
: O canceriano grava seus programas preferidos para assistir mais tarde com a família, mesmo sabendo que serão reprisados daqui a pouco.

Leão
: É doido para participar de um reality show, qualquer um. E nem precisa ganhar, ele só quer aparecer. É aquele cara que vai ao estádio com um cartaz escrito 'filma eu, Galvão'.

Virgem
: Como forma inconsciente de tentar se livrar das piadinhas que ouviu a vida inteira por conta do signo, o virginiano é chagado na programação pervertida. Assinante do Sex Hot e outros canais pornô.

Libra
: Libriano que é libriano repara no cenário dos programas, nos objetos de cena das novelas, liga pra Globo para saber o nome do esmalte da Patrícia Poeta e do cabeleireiro da Carolina Dieckmann.

Escorpião
: Participa dos programas de casa, mandando e-mails e fica com ciúme quando os apresentadores mandam beijos para outros telespectadores.

Sagitário
: Sabe o programador de filmes da Sessão da Tarde? O sagitariano também não acha exagero reprisar A Lagoa Azul pela milionésima vez.

Capricórnio
: Se inscreveu em O Aprendiz, mas foi eliminado do programa porque quis ocupar o cargo do Roberto Justos. Fez cópias em DVD e saiu vendendo o programa por aí.

Aquário
: Assiste canais de venda para saber qual é o mais moderno computador touch do mercado.

Peixes
: Ainda não sabe se assiste à reprise do Chaves ou o Jornal Nacional. Espero que até o horário do Programa do ele já tenha decidido.

E lá se vai 2009


Cativados pela campanha do Bradesco, no início do ano diversos populares escreveram em tudo que é lugar (alguns escreveram até naquele lugar, não duvide): Feliz 2000inove. Eu não segui o conselho, não inovei e 2009 foi um ano de buesta. Sigo para 2010 com a sabedoria popular, à espera de um ano cheio de flores após tanto adubo.
O ano passou muito rápido. Na verdade os últimos anos passaram muito rápido. Até comentei no blogue da Dani Kimura outro dia que depois que a gente passa dos vinte, os anos passam tão rápido que parece que estão correndo da gente. E eu já passei vinte, em fevereiro saio dos vinte e poucos e entro definitivamente nos vinte e muitos (eu e minha TPA).
Apesar dos pesares (e como tive pesares!), ri muito esse ano, reencontrei pessoas queridas que há muito não via ao vivo, fui à lugares incríveis, o por-do-sol pareceu mais pitoresco na estrada pra casa, o céus estava mais azul-bonito e até os dias de chuva caíram bem.
Num belo dia do ano, olhei para minhas unhas e percebi que aquele não era o esmalte perfeito, que talvez ele ficasse bem em outras unhas e que outro esmalte ficaria bem melhor nas minhas mãos. Fiz um dramalhão por isso. Mas, depois de um rio de lágrimas, usei algodão e um bom removedor (nem precisei imprimir nenhuma foto pra rasgar). Agora tenho preferido esmaltes menos intensos, com mais base. Por uma vida mais suave.
Resumindo (e sou péssima com resumos), meu 2009 sem carro e sem Internet foi bem mais bossa nova que rock n' roll. Isso não é ruim, embora eu prefira misturar os ritmos. Agora vou numa lotérica apostar na Mega Sena de fim de ano. Quem sabe eu não ganhe alguma coisa?
Então, boa sorte pra mim, bom 2010 pra você e dias ainda melhores para todos nós!
E esse foi mais um post sem nexo.


Ouvindo: Sylvie Vartan - La Plus Belle Pour Aller Danser

Amor urgente

Passo pela banca de jornal e uma manchete bizarra salta aos meus olhos (outro dia falo sobre ela). Não resisto e compro o jornal de R$0,50 para rir um pouco com os trocadilhos infâmes da "matéria". No meio do jornal, outra coisa me chama atenção: Pai McGayver (nome obviamente alterado para evitar novos processos).
Pai McGayver é um pai de santo e sua propaganda afirma: "não gosto de mentiras, muito menos pilantragem (...) meu trabalho é sério (...) só faço o trabalho se realmente tiver jeito". Desconsidere Preste atenção no "se realmente tiver jeito" porque a anúncio segue: "Pai McGayver afirma e dá garantia: trago a pessoa de qualquer parte do mundo em 5 horas".
Rá! Se você é um dos picaretas que prometiam trazer a pessoa "amada" em 7, 5 ou 3 dias, só uma coisa a dizer: Perdeu, playboy! Pai McGayver é muito mais eficiente! Aliás, ele conta com outros dispositivos para "amarração", contando com uma linha de produtos que inclui baby dolls, calcinhas e cuecas consagradas, bombons e líquidos (líquidos???). "Tudo para manter quem você ama debaixo dos seus pés".
Antigamente a promessa era trazer o seu amor de volta em 7 dias, depois baixou para 5 dias, caiu para 3 e agora, finalmente, são apenas 5 horas. É o avanço da tecnologia: há alguns séculos a pessoa era trazida pelo caixeiro viajante (levava 7 dias para chegar), depois passou a vir pelo correio (5 dias), daí inventaram o Sedex (no máximo 3 dias) e agora que estamos na era da Internet, a pessoa "amada" volta em 5 horas, que é o tempo necessário para fazer o download de um pacote dessa importância.
Muita gente paga por esses serviços, então se você tem espírito empreendedor não perca tempo, invista com tudo no Macumba On-line. É o empreendimento do futuro. A Anatel já anunciou que a partir de 2010 a velocidade da Internet em todo o território nacional será equevalente à de países de primeiro mundo. Dessa forma a pessoa amada voltará em apenas 5 minutos. (Pra onde vai o charme da conquista? Não sei.)
Independente de eu não acreditar que essas coisas funcionem, tenho um certo medo dessa gente que de tão carente, se fosse possível, seria capaz de "escravizar" alguém só pra não ficar sem companhia. Pra mim isso é doença e se você, querido estranho, pagaria, está pagando ou já pagou por isso, desculpe minha sinceridade, mas acho mesmo que você deveria usar esse dinheiro pra pagar um psiquiatra. Infelizmente não daria pra você comprar amor próprio também, já que este não consta nas prateleiras.

Quanto a mim, continuo querendo a sorte de amores tranquilos.


Ouvindo: BB Brunes - Dis moi

Panorama animador


Mariazinha, que mora numa cidade muito longe daqui, ficou preocupada porque não sabia mais se devia temer os bandidos e ser protegida pela polícia ou se era para não saber quem é quem, já que o noticiário policial da última semana tinha siso uma seqüência da série “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”:

Policial que estava de folga foi à praia armado (no sentido literal da coisa, gente inocente), na saída reagiu a um assalto e acabou atigindo acidentalmente um aposentado que jogava baralho no calçadão.

Cabine da polícia é assaltada (ironia das ironias?). O suspeito do roubo é um ex-policial.

Soldado da Aeronáutica é preso acusado de ser assaltante.

Bandidos atingem helicóptero da polícia usando armamento de uso exclusivo do Exército. Secretário de Segurança diz que o serviço de inteligencia havia previsto que isso aconteceria.

Em São Paulo, policiais militares atiram em policial civil.



Vendo que a coisa estava difícil, Mariazinha resolveu que o melhor a fazer era rezar. Procurou a igreja mais próxima, mas logo procurou outra porque a promessa divina nesta era de magrecer cinco quilos a cada oração. Foi aí que entrou numa missa presidida por dois padres, um suspeito de pedofilia e outro acusado de atropelar um jovem após dirigir embriagado. Não se sentiu muito confortável e acabou parando numa igreja que prometia a solução para todos os problemas, inclusive o do violência urbana, bastava apenas que ela aceitasse Jesus, se tornasse uma dizimista fiel e desse uma contribuição voluntária para uma campanha, que poderia ser parcelada em até 10 vezes no cartão.


Achou melhor voltar pra casa e teve um certo medo no caminho quando soube que tinha pego uma van ilegal e que o cara que dirigia sequer tinha carteira de motorista. Ela não quis ir de carro porque está cada vez mais difícil encontrar um lugar pra estacionar e não foi de ônibus porque parece estar na moda atear fogo nesse tipo de transporte coletivo.


Chegando ao lar, pensou em escrever uma carta exigindo dos políticos uma medida efetiva contra a criminalidade. Desanimou ao olhar para o jornal que estava em cima da mesa e ler que seu deputado era acusado de nepotismo, sonegação de impostos, evasão de divisas, entre outros crimes.


Ligou a tv e por mais que mudasse de canal só achava programas catadores de tragédia e fofoca sobre pseudocelebridades . Mariazinha achou melhor desligar a televisão ao ver que as matérias produzidas pela repórter Kelly Key (pra que diploma, não é mesmo?), sob a orientação do diretor Alexandre Frota, eram o principal chamariz de toda a programação.


Decidiu que o melhor mesmo era criar um clima de romance e pra isso nada melhor que um vinhozinho e filme. Abriu a revista para ver qual era a melhor opção em cartaz nos cinemas, foi até seu computador com Windows pirata e fez o download ilegal do blockbuster. Aproveitou que seu marido tinha saído para trabalhar e chamou Zé Martelão, com quem trai o esposo há 3 anos.
Depois de tórridas horas de sexo com seu amante, finalmente Mariazinha dormiu o sono dos justos.



Ouvindo: Lulu Santos: Esse brilho em seu olhar